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Notícias / Arqueologia

Peru: Tumba pré-incaica milenar revela restos de 'senhor dos mares'

Possivelmente ligado à atividade marítima, dono da tumba foi enterrado junto de quatro lhamas e outras cinco pessoas; veja imagens!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 23/05/2023, às 09h59

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Arqueólogos explorando a tumba - Reprodução/Vídeo
Arqueólogos explorando a tumba - Reprodução/Vídeo

Na região do vale de Chancay, no nordeste de Lima, capital do Peru, arqueólogos fizeram uma importante descoberta na área conhecida como cemitério Matacón. Por lá, os pesquisadores encontraram uma tumbapré-incaica que possui entre 1.200 e 1.400 anos. 

Acredita-se que os restos mortais encontrados na tumba tenham pertencido a uma "personalidade da elite" e que possuía ligações com "atividades marinhas", explicou matéria da BBC. 

Restos mortais encontrados na tumba/ Crédito: Reprodução/Vídeo

Os arqueólogos chegaram nesta conclusão pelo fato de terem encontrado os restos mortais de mais cinco outras pessoas na mesma tumba — que podem ser tanto parentes desta pessoa do alto escalão ou até mesmo de seus empregados que foram sacrificados, aponta o arqueólogo Pieter Van Dalen Luna à agência de notícias EFE. 

Além dos restos mortais, a equipe de pesquisadores também encontraram 25 recipientes que armazenavam comida e também os esqueletos de quatro lhamas. Entretanto, analises precisam ser feitas para descobrir quem era o dono da tumba. 

Vasos encontrados na tumba/ Crédito: Reprodução/Vídeo

Detalhes do achado 

Segundo Van Dalen Luna explicou à emissora da Universidade de San Marcos, um remo também foi achado no local. Um fato curioso é que tal objeto jamais foi visto nas outras 80 tumbas escavadas anteriormente no cemitério. 

Pode ter sido uma pessoa dedicada à atividade marítima, de repente pescando ou coletando mariscos", explica. 

O cemitério Matacón fica próximo a uma região ocupada atualmente por residências; o que, de certa forma, pode ter contribuído para a preservação do local. "Se é verdade, por um lado, [que] a instalação das casas ocupou parte da zona arqueológica, por outro lado também tem permitido que os saqueadores [de sítios arqueológicos] não cheguem aqui".

Detalhes do vaso/ Crédito: Reprodução/Vídeo

Por fim, o arqueólogo destacou que é necessário o apoio e recursos das autoridades para a manutenção desse tesouro arqueológico, que pode ser fundamental para a compreensão de como os povos se estabeleceram nas Américas. "Por que não pensar que este vale foi povoado por populações aimarás antes do ano 0 e do início desta era?". 

Conforme explica a BBC, esta cultura pré-incaica fez parte das populações que ganharam o nome de aimarás — que povoaram regiões do Peru, Bolívia e Chile antes do império Inca se expandir.