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Notícias / Superterras

Pesquisadores descobrem duas 'superterras', sendo uma potencialmente habitável

As superterras orbitam uma estrela menor que o sol e se encontram a cerca de 100 anos-luz da Terra

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 12/09/2022, às 12h12

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Imagem meramente ilustrativa com dois planetas - Foto por Chil Vera pelo Pixabay
Imagem meramente ilustrativa com dois planetas - Foto por Chil Vera pelo Pixabay

Uma equipe internacional de cientistas foi responsável por uma grande descoberta da astronomia recente: dois planetas do tipo superterra — maior, em massa, que o nosso planeta, mas menor que os gigantes gasosos do sistema solar — foram achados. Os pesquisadores são liderados por Laetitia Delrez, astrofísica da Universidade de Liège, na Bélgica.

Segundo o artigo publicado na revista Astronomy & Astrophysics, os planetas se encontram dentro da órbita de uma estrela, menor e mais fria que o nosso Sol, localizada há cerca de 100 anos-luz de nosso planeta. A estrela, conhecida por LP 890-9 ou TOI-4306, é a segunda estrela mais fria em que planetas foram identificados em órbita.

O estudo identificou inicialmente o planeta LP 890-9b (ou TOI-4306b), o mais interno daquele sistema solar. Ele foi registrado primeiramente pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da NASA, durante uma missão espacial com objetivo de buscar exoplanetas orbitando estrelas próximas, e com isso foi notado que ele era cerca de 30% maior que a Terra, e sua órbita em torno da estrela durava apenas 2,7 dias.

Após isso, ainda, enquanto pesquisadores da Universidade de Liège, da Bélgica, usavam seus telescópios para confirmar a existência do planeta — o que foi, de fato, confirmado —, um segundo astro foi detectado também, como informado pela Revista Galileu. Este, por sua vez, apresenta tamanho semelhante ao primeiro, mas possui período orbital mais longo, de 8,5 dias, de forma que se encontra na zona habitável de sua estrela.

Habitáveis?

Segundo Francisco J. Pozuelos, pesquisador do Instituto de Astrofísica da Andaluzia e um dos principais coautores do artigo, "embora este planeta orbite muito próximo de sua estrela, a uma distância cerca de 10 vezes menor que a de Mercúrio ao redor do nosso Sol, a quantidade de irradiação estelar que ele recebe ainda é baixa, e pode permitir a presença de água líquida na superfície do planeta, desde que tenha uma atmosfera suficiente."

Isso ocorre porque a estrela LP 890-9 é cerca de 6,5 vezes menor que o Sol e tem uma temperatura de superfície que é a metade da temperatura da nossa estrela", conclui o autor.

Os telescópios da Universidade de Liège, chamados de SPECULOOS (sigla para Search for habitable Planets EClipsing ULtra-cOOl Stars), têm o objetivo principal de procurar planetas terrestres potencialmente habitáveis que transitem pelas estrelas menores e mais frias da vizinhança solar.

Agora, a equipe de pesquisadores pretende investigar a atmosfera dos novos planetas descobertos, além de tentar delimitar com maior precisão as condições de habitabilidade em torno de estrelas menores e mais frias que o Sol, ou de nossa vizinhança solar.