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Notícias / Fóssil

Pesquisadores descobrem fóssil de crocodilo de 185 milhões de anos

O fóssil encontrado pertence aos ancestrais dos crocodilos que conhecemos hoje em dia

Redação Publicado em 30/01/2023, às 17h26

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Representação da espécie do réptil crocodilomorfo, ancestrais dos crocodilos que conhecemos hoje em dia - Divulgação/Júlia d'Oliveira
Representação da espécie do réptil crocodilomorfo, ancestrais dos crocodilos que conhecemos hoje em dia - Divulgação/Júlia d'Oliveira

Nesta segunda-feira, 30, pesquisadores do Reino Unido publicaram uma pesquisa na revista Journal of Verbrate Paleontology sobre a descoberta de um fóssil de 185 milhões de anos da espécie de réptil crocodilomorfo, ancestrais dos crocodilos que conhecemos hoje em dia. O Turnersuchus hingleyae, nome dado pela equipe, foi encontrado na Costa Jurássica, em Dorset, no Reino Unido

Segundo informações publicadas pela revista Galileu, a importância da descoberta deve-se ao fato de que comprova a existência da espécie já no período Triássico, 15 milhões de anos antes do que os cientistas pensavam, além de preencher uma lacuna no registro fóssil

Eric Wilberg, coautor das pesquisas, discorreu, em comunicado à imprensa, a respeito do réptil e das questões históricas:

Agora devemos esperar encontrar mais [répteis da ordem] Thalattosuchia da mesma idade que Turnersuchus [hingleyae] , bem como mais velhos. Durante a publicação do nosso artigo, outro texto foi publicado descrevendo um crânio thalattosuchiano descoberto no teto de uma caverna em Marrocos do Hettangiano/Sinemuriano (idades anteriores ao Pliensbachiano), o que corrobora essa ideia". 

Detalhes da descoberta

Outro detalhe de relevância é que o fóssil de Thalattosuchia encontrado pela equipe de pesquisadores não faz parte da mesma ordem que os crocodilos e jacarés, identificada como Crocodilia. Os crocodilomorfos são, na verdade, parentes mais distantes dos animais, apesar de serem chamados popularmente de “crocodilos marinhos” ou “crocodilos do mar”. 

Pedro Godoy, representante brasileiro dos estudos pela Universidade de São Paulo e também coautor, explicou na divulgação que, ao longo da evolução, os Thalattosuchia se adaptaram à vida nos oceanos devido a algumas modificações. Entre elas, destacam-se as nadadeiras, a barbatana caudal parecida com a dos tubarões e a capacidade de dar à luz.