Os cientistas realizaram radiografias e tomografias que revelaram curiosidades sobre a misteriosa criatura
Redação Publicado em 31/10/2023, às 15h17 - Atualizado em 01/11/2023, às 18h37
Há mais de 100 anos, uma múmia de sereia cheia de mistérios foi levada do Japão aos Estados Unidos. Ela aparenta ser uma mistura de partes de macaco, lagarto e peixe, como os exames iniciais exibiram.
Com 29 centímetros de comprimento, a imagem é conhecida como “sereia de Fiji” graças a semelhanças com um objeto de mesmo nome que teria sido adquirido de Fiji pelo showmanPT Barnum entre os anos de 1840.
A múmia fora comprada por um oficial da marinha dos Estados Unidos, mas foi doada em 1906 para a Sociedade Histórica do Condado de Clark em Springfield, Ohio. Alguns documentos indicam que a criatura remonta a meados do século 19. Os pesquisadores agora investigam a identidade da sereia através de tomografias computadorizadas e radiografias dos restos mortais.
O radiografista da Northern Kentucky University, Joseph Cress, disse ao WordsSideKick que esse feito permitiu “ver [a múmia] em quase todas as dimensões, na esperança de ver o que havia dentro dela".
De início, a investigação revelou que a múmia aparentava ter sido feita a partir da cabeça e do torso de um macaco, juntamente a um corpo de peixe decapitado e mãos e pernas com garras de um certo tipo de lagarto.
Um par de estacas de madeira também foram revelados pelas varreduras dentro dos restos mortais, que indica que podem ter sido colocadas a fim de manter a criatura na mesma posição.
De acordo com o portal Live Science, agora os investigadores buscam reconstruir um modelo detalhado da sereia e também das partes individuais baseado nas digitalizações. Quando esses modelos estiverem prontos, a equipe de pesquisadores planeja enviá-los para aquários e zoológicos para que a espécie da múmia seja identificada.
No entanto, essa não é a única “sereia” mumificada que foi examinada recentemente. Em 2022, mais especificamente em março, os mesmos investigadores analisaram um espécime muito parecido que teria sido encontrado dentro de uma caixa que estava escondida em um templo japonês.
Datada de meados de 1.700, a sereia aparentava também ser um híbrido macaco-peixe, entretanto, exames realizados em fevereiro deste ano indicaram que a figura era feita, em sua maioria, de algodão e papel, com toques de areia e carvão.
