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Notícias / França

Promotoria pede para que prisão perpétua seja aplicada contra acusados de ataques ao Charlie Hebdo

Ataques entre 7 e 9 de janeiro de 2015 matou 17 pessoas e causou revolta entre franceses e em diversas partes do mundo

Fabio Previdelli Publicado em 08/12/2020, às 14h15

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Homenagens aos cartunistas mortos em frente à sede do Charlie Hebdo - Wikimedia Commons
Homenagens aos cartunistas mortos em frente à sede do Charlie Hebdo - Wikimedia Commons

Entre 7 e 9 de janeiro de 2015, os ataques contra a revista satírica Charlie Hebdo e um supermercado de produtos kosher deixou 17 mortos a causou a indignação na França e em diversos lugares do mundo. 

Agora, mais de 5 anos depois, a promotoria antiterrorista francesa pediu para que os 14 acusados no julgamento dos atentados recebam penas que vão de cinco anos de detenção até prisão perpétua, segundo informa notícia da AFP vinculada no UOL

A promotoria do país pediu para que penas mais severas (prisão perpétua) sejam aplicadas a Mohamed Belhoucine — que foi julgado por “cumplicidade” e, supostamente, está morto na Síria — e contra Ali Riza Polat, franco-turco apresentado como o “braço direito” de Amédy Coulibaly, autor do ataque contra o supermercado Hyper Cacher.  

Com 30 anos na época dos atentados, Polat “ocupou um lugar especial ao longo do julgamento”, destacou Jean-Michel Bourlès, um dos procuradores, que o descreveu como “impulsivo, intolerante ante a frustração, intolerante ante a contradição”. 

Segundo Bourlès, Ali Riza sabia “sem dúvida da proximidade comprovada de Coulibaly com a ideologia jihadista”. "Embora negue, tinha um conhecimento preciso do projeto terrorista", afirmou antes de dizer que Polat conhecia “todos os protagonistas” do atentado e estava presente “em todas as etapas da preparação” dos ataques.  

Com isso, foi solicitado 30 anos de prisão e um período de segurança de dois terços para a ex-companheira de CoulibalyHayat Boumeddiene, julgada à revelia. Porém, as autoridades francesas desconhecem seu paradeiro desde que ela fugiu para a Síria dias após aos atentados.  

Além do mais, os procuradores franceses também pediram que penas de 5 a 20 anos fossem aplicadas a outros 11 acusados, que foram julgados por possível apoio logístico a Sherif Saïd Kouachi, irmãos que foram os responsáveis pelos ataques ao Charlie Hebdo — que acabaram mortos pela polícia — e Amédy Coulibaly.