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Notícias / Quênia

Quênia: Justiça vai acusar líder que deixou 420 mortos em ‘seita do jejum’ por terrorismo

Paul Nthenge Mackenzie e outras 94 pessoas envolvidas no caso serão acusadas de terrorismo e homicídio por mortes em seita religiosa

Isabelly de Lima Publicado em 16/01/2024, às 12h57

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Autoridades removendo corpos do local que abrigava a seita - Reprodução / EPA
Autoridades removendo corpos do local que abrigava a seita - Reprodução / EPA

Inspetores quenianos planejam apresentar acusações de terrorismo e homicídio contra o líder de uma seita evangélica do "jejum", Paul Nthenge Mackenzie, e outras 94 pessoas em conexão com as mortes de 429 membros da seita. Mackenzie, que se autodenomina pastor, é acusado de instigar seus seguidores a buscar a morte para "encontrar Jesus", gerando grande comoção global.

A prisão de Mackenzie ocorreu em abril do ano passado, quando corpos foram descobertos em uma floresta próxima à costa do Oceano Índico. Desde então, sua prisão preventiva foi prorrogada várias vezes durante a investigação.

Após uma análise detalhada das evidências, o diretor do processo penal está convencido de que há provas suficientes para processar 95 suspeitos", afirmou um inspetor em comunicado.

As acusações que Mackenzie e os outros enfrentam incluem homicídio, homicídio culposo e terrorismo, bem como a alegação de submeter crianças à tortura, de acordo com as autoridades, conforme o portal O Globo.

As mortes

Através de autópsias, foi revelado que a maioria das vítimas morreu de fome, enquanto outras, incluindo crianças, foram vítimas de estrangulamento, espancamento ou sufocamento. Com um total de 429 corpos descobertos até agora, a chocante revelação levou o governo a considerar medidas mais rigorosas de controle sobre denominações religiosas no país.

O Quênia, predominantemente cristão, enfrenta desafios para regularizar igrejas e seitas envolvidas em atividades criminosas. Com mais de quatro mil igrejas oficialmente registradas, o país com cerca de 53 milhões de habitantes busca encontrar maneiras eficazes de lidar com líderes autoproclamados que representam riscos à segurança pública e aos direitos humanos.