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Notícias / Congo

Repressão a protesto contra presença da ONU deixa ao menos 48 mortos no Congo

Manifestantes foram violentamente reprimidos pelas forças de segurança do país

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 01/09/2023, às 09h44

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Imagem ilustrativa - Imagem de Gisela Merkuur por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Gisela Merkuur por Pixabay

Ao menos quarenta e oito pessoas foram mortas pelas forças de segurança da República Democrática do Congo (RDC) no leste do país africano durante a repressão de um protesto contra a presença da ONU.

Na quarta-feira, 30, soldados congoleses impediram que uma seita religiosa realizasse uma manifestação contra a presença das tropas de paz das Nações Unidas na cidade de Goma.

Inicialmente, relatos indicavam 10 óbitos após soldados terem entrado em um estúdio de rádio e em um local de culto, conforme informações de fontes locais. Estas fontes também relataram que um policial foi linchado durante os distúrbios.

No entanto, um documento interno do Exército, que foi consultado pela AFP e posteriormente verificado por fontes de segurança, informou um total de 48 mortos, além do policial, e 75 feridos.

O relatório indica que os soldados confiscaram armas brancas e detiveram 168 indivíduos, entre eles o líder Efraimu Bisimwa, da seita religiosa denominada "Fé Natural Judaica e Messiânica para as Nações", que orquestrou o protesto.

Milícias no leste

A região leste da República Democrática do Congo (RDC), que faz fronteira com Ruanda e Uganda, tem sido afetada pela violência de milícias por cerca de três décadas, um legado dos conflitos regionais das décadas de 1990 e 2000. A missão de paz da ONU na região é uma das mais longas e dispendiosas do mundo, contudo, é alvo de críticas por muitos na RDC, que alegam que ela não age de forma eficaz diante da violência.