O local, planejado para abrigar Mussolini e sua família durante a Segunda Guerra Mundial, reabriu ao público nesta semana
Redação Publicado em 16/04/2024, às 18h20
Ao entrar nos conflitos da Segunda Guerra Mundial em junho de 1940, o ditador fascistaBenito Mussolini passou a construir abrigos subterrâneos na Villa Torlonia, sua grande residência em Roma, para se proteger de eventuais ataques aéreos.
No total, o regime construiu três estruturas para Mussolini e sua família. A primeira, de 1940, foi uma adaptação de uma adega desativada presente na Villa Torlonia, conforme repercutido pela CNN Brasil.
Um ano depois, outro abrigo antiaéreo foi projetado no porão do Casino Nobile, um dos prédios localizados no terreno. Na ocasião, as salas foram reforçadas com 120 centímetros de concreto reforçado, portas anti-gás e um sistema de purificação e troca de ar.
À medida que a guerra avançava, um terceiro bunker foi construído no subsolo em frente ao Casino Nobile. Localizado a seis metros de profundidade, o abrigo em forma de cruz, com corredores de 15 metros de comprimento por 2,5 metros de largura, foi reforçado com quatro metros de espessura de concreto.
A edificação começou a ser construída em dezembro de 1942. O bunker estava incompleto, sem portas estanques, um sistema de ventilação final e instalações sanitárias, quando o ditador foi preso em 25 de julho de 1943.
Somente em 2006 o local foi aberto ao público pela primeira vez, mas encerrou suas atividades dois anos depois, embora tenha realizado aberturas temporárias ao longo dos anos seguintes.
Após encerrar suas operações, o local foi reaberto para oferecer visitas guiadas ao abrigo antiaéreo e ao esconderijo. Agora, o complexo apresenta uma exposição que detalha a história de Roma durante a Segunda Guerra Mundial, abordando os sistemas de defesa aérea para civis e os 51 bombardeios aliados que atingiram a cidade entre julho de 1943 e maio de 1944.
As visitas guiadas também apresentam uma simulação de ataque aéreo no bunker inacabado de Mussolini.
