A expedição revelou a localização de alguns destroços a cerca de 6 quilômetros da costa do país, a 28 metros de profundidade
Isabelly de Lima Publicado em 16/04/2024, às 10h48
Apesar das adversidades meteorológicas, uma nova exploração submarina utilizando veículos operados remotamente concluiu a identificação dos destroços de um submarino alemão afundado durante a Segunda Guerra Mundial.
A expedição, liderada pelo grupo Eslabón Perdido, revelou a localização dos destroços a aproximadamente seis quilômetros da costa, a uma profundidade de 28 metros.
Os pesquisadores confirmaram não apenas a localização geográfica, mas também elementos distintivos, como a escotilha, a torreta, os bitaques de amarração e o que parece ser o periscópio da embarcação. Além disso, observaram que o submarino foi intencionalmente destruído para garantir seu afundamento.
O coordenador profissional da inspeção, o engenheiro civil Hernán Sotero González, expressou sua satisfação com os resultados da expedição, apesar das condições desafiadoras. A utilização de sonares e veículos subaquáticos controlados remotamente permitiu uma análise mais detalhada dos destroços, confirmando sem sombra de dúvidas a identidade do submarino.
Há material reticulado disperso em torno dos restos naufragados que não está nas imagens captadas pela Prefeitura Naval Argentina com seus ROV", afirmou à LA NACIÓN Abel Basti, jornalista e historiador do grupo Eslabón Perdido. "Vamos pedir relatórios para determinar que embarcação operou na área", indicando uma possível explosão intencional.
O engenheiro estrutural Sotero González enfatizou os sinais evidentes de explosão nos destroços, sugerindo que o submarino nazista foi dividido em quatro partes distintas.
A Fundação Reitich financiou a expedição, cujo material coletado será analisado por engenheiros especializados, incluindo Jorge Pereda e Martín Canevaro. O perito naval Fabio Bisciotti, da Itália, contribuirá com sua experiência na identificação de embarcações afundadas durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com o portal O Globo.
Os pesquisadores planejam extrair algumas peças dos destroços afundados a quase 30 metros de profundidade para análises mais detalhadas e, caso se confirme que se trata de um submarino nazista, consideram colocá-las em um museu para exposição pública, transformando assim um símbolo do passado sombrio em uma ferramenta educativa para a comunidade.
