Pedido de desculpas se refere a fala feita em cobertura do segundo turno da eleição presidencial
Éric Moreira Publicado em 09/11/2022, às 14h06
Na edição da última terça-feira, 8, do Jornal Nacional, o principal telejornal do país, o apresentador William Bonner chamou a atenção após fazer um pedido de desculpas, em frente às câmeras, por um comentário preconceituoso dito durante a cobertura do segundo turno da eleição presidencial, realizada no último dia 30.
De acordo com o jornalista, foi utilizada a palavra 'esquizofrenia' de forma pejorativa enquanto explicava um caso específico na cobertura eleitoral. De acordo com ele, como informado pelo portal Splash, da UOL, o termo foi utilizado "por ignorância".
Alguns dias atrás, no domingo do segundo turno da eleição, eu, por ignorância, usei a palavra esquizofrenia como se fosse sinônimo para uma explicação confusa que eu tentei fazer", disse Bonner. "Felizmente, eu fui alertado para o erro. Essa reportagem é uma forma de me retratar pelo meu erro pessoal e também a nossa maneira de ajudar a combater a falta de informação."
ATENÇÃO: William Bonner se corrigiu com a forma errada do significado da palavra esquizofrenia e ótimo se retratar #JN#JornalNacionalpic.twitter.com/jSjU8Bsnwd
— Allan (@limalblue) November 8, 2022
A reportagem que o âncora do Jornal Nacional menciona tratava da luta de mais de 2,5 milhões de brasileiros — e quase 1% da população mundial — contra a esquizofrenia. A condição, por sua vez, afeta as capacidades de pensar, sentir e se comportar com clareza, devido a pensamentos ou experiências nem sempre relacionadas com a realidade.
Logo que a apuração do segundo turno da eleição presidencial foi encerrada, declarada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), William Bonner comentou o primeiro discurso do recém-eleito presidente. "Não sei você, Renata [Vasconcellos], mas eu diria que a sensação que me deu foi de um retorno ao mundo da normalidade", afirmou.
"Talvez faltando um ou outro tema, mas no geral o presidente eleito abordou questões, aflições nacionais que o mundo e os brasileiros conhecem e andaram meio fora do repertório de líderes nos últimos anos", finalizou o jornalista.
