Condenado a quase 20 anos de prisão, ele já estava solto há mais de uma década e casava-se tranquilamente em 2017
Wallacy Ferrari Publicado em 07/11/2022, às 17h08
Falecido após um infarto na noite do último domingo, 6, o ator Guilherme de Pádua angariou o ódio da população brasileira ao assassinar, junto de sua então companheira, Paula Thomaz, a atriz Daniella Perez, que na época do crime, contracenava com o artista na novela 'De Corpo e Alma', em exibição nacional pela TV Globo na faixa das 21h, a mais importante da emissora.
Ultrapassando a relação ficcional entre os personagens Bira e Yasmin, por eles interpretados na trama, o ator a perseguiu após o término de uma gravação, assassinando a jovem cruelmente em um matagal a golpes de punhal, conforme reconstituído pela série 'Pacto Brutal', disponível na HBO Max.
Guilherme respondeu ao crime preso, condenado a 19 anos de prisão em 1997, cinco anos após o brutal caso. Contudo, os parâmetros de comportamento e progressão de pena fizeram com que o criminoso deixasse a prisão dois anos depois da sentença, em 1999, já tendo acumulado um terço da pena cumprida.
Tal fato não apenas adicionou revolta daqueles que acompanharam o caso, tanto de perto quanto através de noticiários, quanto garantiu que Pádua tivesse seu crime pago pelo que define a Justiça brasileira. Dessa maneira, mesmo que completamente negado a retornar a atuação, ele pôde prosseguir a vida normalmente.
Visto que terminou com Paula Thomazainda antes do julgamento após o desencontro de versões nos depoimentos, com ela atribuindo o crime unicamente ao companheiro, ambos recomeçaram as vidas profissionais e amorosas após saírem da cadeia. Ela trocou de sobrenome, mas Guilherme o manteve na íntegra, inclusive o usando para pregar em igrejas.
Residindo em Minas Gerais, onde ministrava cultos na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, ele casou-se no ano de 2017 com Juliana Lacerda, frequentadora de seus testemunhos, sediando a cerimônia no próprio edifício onde realizava seus encontros religiosos.
Na época, ela chegou a ser entrevistada pelo jornal Extra: "Desde o começo, já sabia quem ele era e nunca me preocupei com o passado, porque na igreja ele é acompanhado há 17 anos por muitos pastores sérios e sei do histórico dele, sei também que o Guilherme realmente mudou desde que se converteu", afirmou.
Curiosamente, esse fato não poderia ter sido consumado caso Guilherme de Páduativesse cumprido todo o período de sua pena, de quase 20 anos. Do contrário, os tais 17 anos de acompanhamento dos pastores seriam apenas seis, visto que sairia por volta de 2012, ao invés de 1999.
