Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Crimes

40 anos depois, homem é preso por assassinato de esposa com machado

O advogado do homem, contudo, afirma que a condenação será anulada por falta de evidências

Ingredi Brunato, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 01/10/2022, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Montagem mostrando foto antiga do casal, e fotografia tirada de James Krauseneck na prisão - Divulgação/ Arquivo Pessoal e Divulgação/ Polícia de Nova York
Montagem mostrando foto antiga do casal, e fotografia tirada de James Krauseneck na prisão - Divulgação/ Arquivo Pessoal e Divulgação/ Polícia de Nova York

Em fevereiro 1982, Cathy Krauseneck, uma moradora de 29 anos do estado norte-americano de Nova York, foi brutalmente assassinada com um golpe de machado enquanto dormia junto de sua filha de 3 anos. 

Quem chamou a polícia foi a vizinha, após ser procurado pelo marido da mulher, James Krauseneck, 30, que carregava sua filha no colo, e, conforme afirmaria mais tarde, teria encontrado a cena do crime após chegar em casa do trabalho. 

Segundo observado pela estadunidense na ligação às autoridades, o marido da vítima se encontrava com uma "expressão de terror no rosto", e não conseguia falar por conta do choque, de acordo com informações relembradas por uma matéria recente da revista People.

Reviravolta 

Na época, os oficiais conduziram intensas investigações a respeito da identidade e do paradeiro do assassino de Cathy, porém sem sucesso. É apenas na última semana, 40 anos mais tarde, que a Justiça norte-americana condenou alguém pelo homicídio. 

Aquele considerado culpado por brutalmente tirar a vida da mulher é o próprio James, que possui, hoje, 70 anos. Sua sentença será decidida no próximo dia 7 de novembro. O processo criminal movido contra o marido da vítima, vale mencionar, já ocorre desde 2015, quando o caso foi reaberto. 

Depois de 19 de fevereiro de 1982, James Krauseneck se mudou e continuou com sua vida por 40 anos. Cathleen não teve esse privilégio. Sou grato por termos sido capazes de proporcionar esse encerramento para Cathleen e sua família", relatou Sandra Doorley, a promotora liderando a investigação, através de um comunicado divulgado ao público. 

Ainda de acordo com a People, após o júri declarar o veredito, a irmã da vítima, Annet Schlosser, comemorou em voz alta, dizendo "Conseguimos! Justiça para Cathy!".

Já em entrevista ao Democrat & Chronicle, o pai da assassinada, Robert Schlosser, que tem 95 anos, se mostrou grato por ter vivido o suficiente para ver a Justiça dos EUA encontrar o culpado pelo crime. A mãe de Cathy, por outro lado, não teria tido a mesma sorte, conforme lamentou o homem. 

"Estou orgulhoso de fazer parte da equipe que encontrou justiça para CathleenKrauseneck 40 anos depois que James Krauseneck pegou um machado de sua garagem e o usou para golpear a cabeça dela enquanto ela dormia (...) Foi um dos grandes prazeres da minha carreira conhecer a família de Cathy e poder ajudar a garantir justiça para seu ente querido", apontou Patrick Galllagher, outro promotor envolvido no caso. 

Injustiça?

O advogado de James, contudo, acredita que a condenação de seu cliente não foi baseada em evidências. 

"Estamos confiantes de que a condenação será anulada pelo tribunal de apelação com base no fato de que a acusação não tinha justificativa para esperar 37 anos para apresentar essa acusação. Não houve novas evidências, simplesmente uma nova opinião do Dr. Baden", relatou Michael Walford em um e-mail à People. 

James Krauseneck (à direita) no tribunal no dia do veredito / Crédito: Reprodução/Video/ Youtube/ News 8 WROC

O representante legal se refere a Michael Baden, o médico forense que auxiliou em mais de uma investigação a respeito do homicídio, incluindo a última revisão, que levou ao veredito de James como culpado.  

Achamos que a lei está do nosso lado e estamos confiantes de que teremos uma reversão", concluiu Walford