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Matérias / Entretenimento

Micro-nação no mar: a verdadeira saga por trás de 'A Incrível História da Ilha das Rosas', da Netflix

No final da década de 1960, um engenheiro construiu uma estrutura no meio do mar e se declarou presidente de um estado independente

Giovanna Gomes Publicado em 16/12/2020, às 15h13

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Cena do filme A Ilha das Rosas (2020) - Divulgação/Netflix
Cena do filme A Ilha das Rosas (2020) - Divulgação/Netflix

Na década de 1960, um engenheiro italiano conhecido como 'príncipe dos anarquistas' decidiu construir sua própria ilha, desafiando as autoridades de seu país.

A estrutura localizada no meio do mar Adriático contava com restaurante, bar, loja de souvenirs e até mesmo correio. Agora, a curiosa história virou tema de um filme lançado pela Netflix chamado "A Incrível História da Ilha das Rosas".

História real

Conforme divulgado pela BBC, no ano de 1967, o engenheiro italiano Giorgio Rosa projetou e financiou a construção de uma plataforma de 400 m² suspensa 26 m acima do mar através de plataformas resistentes.

Como a estrutura foi construída pouco além das águas territoriais italianas, a 12 km da costa de Rimini, a plataforma estava fora do controle das autoridades.

Assim, Rosa se autoproclamou presidente da República da Ilha Rosa, que seria um estado independente. No entanto, ele acabou encontrando obstáculos. 

A estrutura começou a ser construída em 1967/ Crédito: Lorenzo Rosa

Contudo, as autoridades italianas ficaram insatisfeitas pelo fato de a ilha ter sido construída sem permissão, além de que recebia turistas e não seguia as leis fiscais do país.

Os políticos também alegavam que a estrutura estava sendo utilizada para consumo de drogas e jogos de azar.

Outros chegavam a afirmar que a construção poderia fornecer cobertura para submarinos nucleares soviéticos e, por isso, representava uma ameaça à segurança nacional.

A declaração de independência da ilha ocorreu em 24 de junho de 1968. Contudo, 55 dias depois, os italianos enviaram forças militares para assumir o controle do local. Eles destruíram a estrutura com dinamites no dia 11 de fevereiro de 1969.

Dias depois, uma tempestade submergiu totalmente a estrutura, mas Lorenzo Rosa, filho do engenheiro, ainda guarda um pedaço da construção em sua casa.

Ilha construída por Rosa/ Crédito: Biblioteca Cívica Gambalunga

“Tenho um tijolo que foi tirado de lá pelos mergulhadores, e eles escreveram algo lindo nele”, declarou. "Eles disseram: 'Os mergulhadores de Rimini têm a honra de devolver o fragmento de um sonho a um sonhador.'"

O filme

Antes de sua morte em 2017, aos 92 anos, Rosa se reuniu com os cineastas e permitiu a realização de um filme que retratasse a construção da ilha e a recusa do engenheiro anarquista em ceder às exigências do governo italiano para que fosse desmontada.

Cena do filme da Netflix/ Crédito: Divulgação/Netflix

Trata-se de "uma história sobre liberdade, sobre a resistência de Giorgio Rosa contra o governo", explicou o diretor Matteo Rovere. “Ele não queria se render contra a lei, porque a lei dos anos 60 dizia que se você estivesse a mais de seis milhas da costa, não é terra de ninguém, então você pode fazer o que quiser - como se estivesse no Lua".

“E então ele construiu a ilha, o que foi incrível porque era muito complicado. Ele a construiu com quatro amigos e um grupo muito pequeno de trabalhadores, em seis meses. Na verdade, quando falamos com ele sobre fazer um filme, ele não ficou muito interessado na história, mas ficou entusiasmado em nos contar sobre a tecnologia que inventou para construí-lo", finalizou Rovere.


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