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Matérias / Bizarro

Águas traiçoeiras: o traumático desaparecimento de Thomas e Eileen Lonergan

Em 1998, enquanto explorava o recife de St. Crispin, o jovem casal foi abandonado pela equipe de mergulho e nunca mais retornou do trágico passeio

Pamela Malva Publicado em 05/05/2020, às 17h30

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Tom e Eileen Lonergan, o casal desaparecido - Divulgação
Tom e Eileen Lonergan, o casal desaparecido - Divulgação

Tubarões e trilhas sonoras explosivas são alguns dos recursos preferidos dos filmes de suspense. Desde Tubarão, o icônico triller de 1975, até o mais moderno dos longas, esses enormes animais carnívoros com centenas de dentes arrepiam gerações.

Se um desses peixes gigantes já causa um frio na espinha, imagine dezenas deles rodeando dois mergulhadores sozinhos no oceano. Essa foi a condição na qual um jovem casal norte-americano sobreviveu por dias antes de desaparecer.

Como se a água infestada de tubarões já não fosse o suficiente, os jovens Tom e Eileen Lonergan tiveram de enfrentar a solidão, as ilusões e — ironicamente — a falta de água doce para beber. Foram meses em condições bastante insalubres.

Tom e Eileen Lonergan em viagem / Crédito: Divulgação

O começo de uma viagem

Thomas Joseph Lonergan estudava na Universidade Estadual de Louisiana, nos Estados Unidos, quando conheceu a bela Eileen Hains. Dona de um sorriso encantador, a garota parecia ter saído direto dos sonhos de Tom.

Apaixonada pelo mar e por tudo que vinha das águas, Eileen mergulhava com frequência e, eventualmente, influenciou Thomas. Explorar rios e mares, portanto, se tornou um hobbie em comum que o casal praticava com animação.

Em 24 de junho de 1988, Tom e Eileen se casaram, em uma solene cerimônia em Jefferson, no Texas. A vida juntos prometia muitas alegrias e momentos apaixonantes, como todos até então. Mas o destino planejava algo diferente para os dois.

Tom e Eileen Lonergan em foto de família / Crédito: Divulgação

Tickets só de ida

No dia 25 de janeiro de 1998, Tom e Eileen, aos 33 e 28 anos, respectivamente, escolheram um passeio de mergulho no recife de St. Crispin. Localizado na Grande Barreira de Corais, o ponto era conhecido por mergulhadores, apesar de serem águas investadas de tubarões.

O casal, todavia, decidiu continuar com o passeio e, no dia da viagem, embarcaram junto de outras 24 pessoas no barco da Outer Edge Dive, uma empresa de mergulho. Á frente da embarcação estava o capitão Geoffrey Ian "Jack" Nairn.

Durante o trajeto, todos os passageiros vestiram suas roupas de mergulho e, ao chegaram no ponto correto, atiraram-se na água. Após cerca de 40 minutos nadando, Tom e Eileen voltaram para a superfície, apenas para encontrar uma imensidão azul.

Tom e Eileen Lonergan / Crédito: Divulgação

Quando o céu e o mar se unem

Logo que recuperaram o fôlego, Tom e Eileen perceberam que estavam sozinhos no oceano, sem qualquer companhia que não fossem eles mesmos. O barco havia zarpado sem os dois — a tripulação sequer sentiu falta do casal.

No dia seguinte, outro grupo de mergulho guiado pela Outer Edge Dive visitou o local, mas as pessoas nem sabiam que os jovens mergulhadores tinham sumido. Mais um dia se passou até que, finalmente, Geoffrey encontrou pertences e documentos de Tom e Eileen no barco, no dia 27 de janeiro.

Por três dias, oficiais buscaram pelo casal na terra, nos céus e no mar. Mas nenhum sinal dos jovens foi encontrado. Um mês se passou até que pistas concretas surgissem.

Um quebra-cabeça azul

Em fevereiro de 1998, pessoas encontraram uma roupa de mergulho feminina na costa de Queensland. Para a surpresa de muitos, o macacão tinha o tamanho de Eileen. Após análises minuciosas, descobriu-se que a peça estava no oceano desde janeiro, com rasgos na região das nádegas e axilas, sugerindo contato com corais.

Mais seis meses se passaram quando equipamentos de mergulho, incluindo os tubos de ar comprimido, do casal foram descobertos na praia de Port Douglas, a 121 km de onde Tom e Eileen foram abandonados. Entre as peças, um recado de socorro havia sido escrito em um dispositivo de comunicação subaquática.

Diversas teorias sobre o desaparecimento foram erguidas. A primeira delas, refutada pelos parentes do casal, dizia que ambos teriam cometido suicídio — ou assassinato seguido de suicídio. Diários de Tom indicariam que ele teria tendências depressivas, mas a própria polícia descartou a conclusão.

Tom e Eileen também não poderiam ter forjado o desaparecimento, porque nada do casal foi utilizado depois do incidente. Restava a ideia de que, após semanas sem rumo, dos dois acabaram desorientados, desidratados e, eventualmente, morreram afogados ou vítimas dos tubarões.

Geoffrey chegou a ser indiciado de homicídio culposo, mas foi rapidamente inocentado. A Outer Edge Dive, no entanto, foi culpada de negligência e faliu. Os corpos de Tom e Eileen Lonergan nunca mais foram encontrados.


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