Enquanto muitos pesquisadores passam a vida toda procurando por um tesouro, essas crianças esbarraram em artefatos valiosos enquanto brincavam
Ingredi Brunato Publicado em 18/09/2023, às 17h48 - Atualizado em 02/01/2024, às 12h59
Existem profissionais que passam a vida toda atrás de uma grande descoberta arqueológica. Para encontrar ruínas e artefatos de valor do passado, existem vários métodos possíveis: análise de documentos históricos que apontam locais onde povos antigos se assentaram e emprego de radares de penetração do solo, por exemplo.
Em alguns casos, até mesmo crianças acabaram sendo as responsáveis por desenterrar relíquias de notoriedade através da curiosidade. Confira abaixo algumas das vezes em que isso aconteceu!
No último mês de setembro, o pequeno Bruno Tillema, de apenas 8 anos, realizava uma viagem de férias ao litoral da Suécia com seus pais quando, durante uma caminhada na praia, se deparou com um bloco de metal de aparência curiosa.
Pensei: 'o que é isso? Talvez alguma parte estranha de uma casa?", revelou o menino em entrevista, segundo divulgado pelo Newsweek.
Após análises iniciadas por profissionais através do conselho administrativo do local, foi revelado que o objeto era nada menos que uma fivela de bronze datada da Era Viking.
A criança, vale mencionar, começou a pensar em seguir a profissão de arqueólogo no futuro após sua proeza. Caso ele decida mesmo seguir a área, afinal, já pode dizer que teve um início promissor.
Também neste ano de 2023, um menino de apenas 9 anos da Alemanha acabou se deparando com uma rara moeda romana no estado de Bremen enquanto brincava. Feita de prata, a relíquia é datada da época do imperador Marco Aurélio, que comandou Roma entre 161 d.C. e 180 d.C.
Um detalhe de relevância que deve ser destacado aqui é que a região do território alemão onde estava a moeda não faz parte das terras que eram dominadas pela civilização romana no passado.
Por esse motivo, os especialistas que examinaram o achado acreditam que o artefato tenha sido levado até o local no bolso de soldado romano viajante, um comerciante ou turista que a tenha levado de "lembrancinha" após visitar o império.
Outra ocasião em que crianças se destacaram na arqueologia se deu na Noruega. Dessa vez, foi uma garotinha a responsável pela descoberta: a jovem Elise, de 8 anos, brincava no terreno perto de sua escola quando encontrou uma incrível adaga feita em pedra.
Eu fui pegar um pedaço de vidro e a pedra estava lá", relatou a menina, segundo a Revista Galileu.
Elise levou seu achado até a professora, que decidiu passar o objeto adiante para ser analisado por especialistas. Feito de sílex e com 12 centímetros de comprimento, o objeto fora criado ainda durante o Neolítico, consistindo em uma ferramenta cortante.
O estilo do artefato ainda levou os pesquisadores a especularem que a adaga teria sido usada para a realização de sacrifícios.
Quando os pais de Siddak Singh Jhamat presentearam o menino de 6 anos com um kit de escavação de presente de Natal no fim de 2020, eles não imaginavam que assistiriam seu filho protagonizar a incrível descoberta de um coral fossilizado de 500 milhões de anos no quintal da casa deles, que fica na Inglaterra.
Eu estava procurando minhocas e coisas como cerâmica e tijolos", explicou o garoto ao ser entrevistado pelo The Guardian.
Para a sorte dele, seu pai, Vish Shing, gosta de estudar arqueologia em seu tempo livre, de forma que reconheceu o potencial do objeto quando seu filho mostrou o fóssil que encontrou.
Foi apenas após publicar uma fotografia do artefato no Facebook, porém, que o item fora propriamente identificado como um coral fossilizado da era Paleozoica. É importante destacar que, durante a Pangeia, aquela área do território britânico costumava estar submersa, que é o motivo pelo qual algo que costumava pertencer ao fundo do mar foi achado na terra firme.
Em abril de 2018, as autoridades da Alemanha anunciaram que um tesouro pertencente ao rei Harald Blaatand da Dinamarca, também conhecido como Haroldo “Dente-Azul”, que governou durante o século 10, havia sido descoberto por um garoto de 13 anos e um arqueólogo amador utilizando um detector de metais.
O achado de mais de mil anos, que havia sido feito em janeiro daquele ano, consistia em cerca de 600 relíquias de prata e mais uma centena de moedas, segundo repercutiu a AFP na época.
Outro detalhe interessante é que, por conta da descoberta, equipes de arqueólogos foram ao mesmo local a fim de investigá-lo melhor, ao que conseguiram desenterrar ainda mais artefatos valiosos.
