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Matérias / Dia dos Namorados

Dia dos Namorados: Os presentes mais inusitados da História

Stonehenge e estátuas em Roma foram alguns dos presentes dados pelos ‘últimos românticos’ da história

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 11/06/2023, às 20h07

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Stonehenge, os Jardins Suspensos da Babilônia, estátua de Antínoo e o Taj Mahal - Wikimedia Commons e Getty Images
Stonehenge, os Jardins Suspensos da Babilônia, estátua de Antínoo e o Taj Mahal - Wikimedia Commons e Getty Images

Nesta segunda-feira, 12, é celebrado no Brasil o Dia dos Namorados. A data foi inserida em nosso calendário por uma agência de publicidade paulistana, o que torna a comemoração por aqui diferente dos demais países — que celebram o Dia de São Valentim em 14 de fevereiro.

+ Por que o Brasil não comemora o Dia dos Namorados em 14 de fevereiro?

Apesar disso, é tradição da data ser marcada pela troca de presente entre os pombinhos, pelo envio de mensagens românticas a até mesmo por casais assumindo aos outros todo o seu amor.

A essa altura, esperamos que você já tenha comprado um presente para sua companhia, mas caso ainda não tenha feito, separamos histórias dos mais inusitados mimos dados pelas pessoas ao longo da história. Seriam esses os exemplos dos últimos românticos da face da terra?

Toda a beleza de Stonehenge

Stonehenge é um dos monumentos mais intrigantes de toda a história. Estima-se que a construção monolítica foi feita entre os anos 3.000 e 2.000 a.C. Sua origem, assim como seu significado, ainda são uma incógnita, mas nada tira a beleza do monumento.

Talvez tenha sido sua magnitude que fez sir Cecil Chubb achar que Stonehenge seria um ótimo presente para dar à sua amada. A posse do local passou por várias mãos ao longo dos anos. No século 16, por exemplo, o monumento era uma propriedade privada do rei Henrique VIII.

Sol sobre Stonehenge durante o solstício de inverno / Crédito: Wikimedia Commons

Já em 1824, a família Antrobus, de Cheshire, comprou a propriedade que pertencia ao conde de Hetford. Mas como o último herdeiro da família morreu durante a Primeira Guerra, o lote foi leiloado e comprado por Chubb em 21 de setembro de 1915.

Por cerca de 6.600 libras na época, o que daria mais de 532.800 libras atualmente, ele adquiriu Stonehenge para presentear sua amada, que não gostou tanto assim do presente. O desprezo foi tamanho que cerca de três anos depois ele doou o monumento para a nação.


Estátuas em Roma

Na Roma Antiga uma história de amor terminou de maneira trágica e com uma das demonstrações de carinho mais intensas de toda a história. A ligação envolve o escravo Antínoo e o imperador romano Adriano numa relação que parece muito tirada de livros sobre paixões impossíveis.

Embora fosse casado com a imperatriz Víbia Sabina, Adriano nunca expressou atração sexual por mulheres. O imperador, aliás, teria escrito uma poesia erótica para o escravo, que era descrito como inteligente e sábio. Os dois também partilhavam um amor mútuo pela caça.

Mas os conselheiros de Adriano não viam a relação do imperador com o escravo com bons olhos. Em uma viagem ao Egito, Antínoo foi nadar no Rio Nilo e acabou se afogando — mas rumores apontam que ele pode ter sido morto devido ao seu relacionamento com Adriano.

O fato é que o imperador romano ficou inconsolável com a perda do amado — que pode ter sido enterrado em uma propriedade rural do soberano. Adriano, além disso, construiu uma cidade para o escravo, intitulada Antinoopólis. Ele também nomeou uma estrela com seu nome.

Como se não bastasse, o imperador Adriano mandou esculpir diversas estátuas de Antínoo e espalhá-las por Roma. Cerca de uma centena delas foram preservadas para a modernidade. Segundo a classicista Caroline Vout, é possível notar mais imagens idênticas ao do escravo do que de qualquer outra figura da antiguidade clássica, com exceção do próprio Adriano e de Augusto — fundador do Império Romano.

Busto do imperador Adriano à esquerda e busto de Antinoo à direita / Crédito: Wikimedia Commons

Jardins suspensos da Babilônia

Considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, os Jardins Suspensos da Babilônia até hoje são um mistério que intriga os pesquisadores, justamente por não ser possível afirmar se de fato eles existiram ou não.

Como o próprio nome sugere, os Jardins Suspensos podem ter sido construídos na antiga cidade da Babilônia — onde hoje está localizada a cidade de Hila, no Iraque — durante o reinado de Nabucodonosor II, entre 605 e 562 a.C.

Ilustração dos jardins suspensos/ Crédito: Domínio Público

Mas os únicos relatos gregos sobre o local remetem ao século 2 a.C., como Strabo e Diodoro. Segundo contam, o rei babilônico teria mandado erguer os Jardins Suspensos como um presente para sua esposa, Amytis.


Despedida com o Taj Mahal

Das Sete Maravilhas do Mundo Antigo para as Sete Maravilhas do Mundo Atual. Principal cartão postal da Índia, o Taj Mahal foi construído no século 17 — também como uma prova de amor.

Para quem não sabe, a obra-prima da arquitetura muçulmana trata-se de um majestoso mausoléu feito para abrigar o corpo da rainha Arjumand Bano Begum, também conhecida como Mumtaz Mahal.

Um das esposas do rei Shah Jahan, Mahal morreu em 1631, ao dar à luz ao seu décimo quarto filho. Para homenagear a amada, Shah Jahan ordenou que um complexo de 17 mil quilômetros quadrados fosse construído às margens do rio Yamuna, no norte do país.

+ A história de amor por trás do Taj Mahal

Feito quase que inteiramente de mármore, a construção do Taj Mahal demorou 22 anos para ser concluída. Ao todo, mais de 20 mil homens e mil elefantes foram responsáveis por carregar o mármore usado na obra.

O Taj Mahal/ Crédito: Getty Images

O monumental mausoléu possui 580 metros de comprimento, 300 de largura e uma cúpula de 73 metros — o que equivale a um prédio de 20 andares. O Taj Mahal ainda abriga um espelho d’água, que divide um imenso jardim em quatro partes.