Garantindo sucesso até os dias atuais, ‘Duna’ conquistou milhares de fãs, mas Tolkien, com certeza, não foi um deles; entenda!
Isabelly de Lima Publicado em 14/03/2024, às 13h40 - Atualizado em 16/03/2024, às 14h18
No vasto panorama da literatura fantástica, dois nomes se destacam como titãs que moldaram o gênero: J.R.R. Tolkien e Frank Herbert. Enquanto Tolkien é reverenciado por sua Terra-média e "O Senhor dos Anéis", Herbert deixou sua marca indelével com a épica "Duna". Embora esses dois universos sejam distintos em muitos aspectos, as narrativas compartilham temas fundamentais que fascinam diferentes gerações.
Tolkien, conhecido por seu estilo de alta fantasia, ofereceu ao mundo uma saga rica em mitologia e profundidade emocional. Sua Terra-média é habitada por elfos, anões e hobbits, mergulhados em uma batalha épica entre o bem e o mal.
Enquanto isso, Herbert nos transporta para um futuro distante, onde casas nobres lutam pelo controle do recurso mais valioso do universo: a especiaria melange, encontrada apenas no planeta desértico de Arrakis.
Porém, apesar das semelhanças superficiais entre os mundos de ambos, as visões divergem em muito.
Em um mundo de fantasia chamado Terra-média, o hobbit Frodo Bolseiro herda um anel mágico de seu tio, o personagem Bilbo. O anel, forjado pelo Lorde das Trevas Sauron, possui o poder de corromper e controlar seu portador, ameaçando a paz da Terra-média.
Para evitar que Sauron recupere o item valioso, Frodo inicia uma jornada épica para destruí-lo nas Montanhas da Perdição, acompanhado por uma Sociedade do Anel composta por oito companheiros.
Apesar de ser uma história bem diferente de "Duna", "O Senhor dos Anéis" também um marco da fantasia e da cultura pop, e que sempre foi defendido por seu criador, que, inclusive, expandiu esse universo — que também resultou em uma expansão cinematográfica, com os filmes da saga "O Hobbit".
Entretanto, em carta enviada a um homem chamado John Bush, em 1966, ao obter uma cópia do livro de Herbert, Tolkien expressou sua opinião sobre “Duna” de forma diplomática, mas clara.
Ele admitiu não gostar da obra, repercute o portal CBR. Entretanto, achou que seria injusto expressar sua visão sobre o livro.
Na verdade, não gosto de ‘Duna’ com certa intensidade e, nesse caso infeliz, é melhor e mais justo para o outro autor que fique em silêncio e se recuse a comentar".
Embora Tolkien e Herbert tenham trilhado caminhos distintos, ambos deixaram um legado na literatura fantástica. Enquanto Tolkien mergulhou nas profundezas da magia e da mitologia, Herbert explorou questões políticas, religiosas e ecológicas de maneira provocativa. Suas obras continuam a inspirar escritores e leitores, moldando o gênero de formas inesperadas.
À medida que Duna ganha destaque com o lançamento do segundo filme dirigido por Denis Villeneuve, fica claro que o apelo do épico de Herbert permanece forte. Embora Tolkien possa ter suas reservas sobre "Duna", é inegável que a saga de Herbert deixou uma marca indelével na cultura popular.
Após a épica jornada no primeiro filme, Paul Atreides (Timothée Chalamet) assume o papel de messias para os Fremen, o povo nativo de Arrakis. Aclamado como "Muad'Dib", ele enfrenta a árdua missão de unir os povos oprimidos do planeta e liderar uma rebelião contra o cruel regime Harkonnen e a poderosa Casa Imperial.
Para alcançar seus objetivos, Paul precisa formar novas alianças com antigos inimigos, como Stilgar (Javier Bardem), líder Fremen, e Chani (Zendaya), uma jovem guerreira por quem nutre um amor proibido. No entanto, novos e perigosos inimigos surgem, incluindo a Bene Gesserit, uma poderosa organização com seus próprios planos para o futuro de Paul.
O filme ainda está nos cinemas brasileiros e não possui previsão de data de estreia em plataformas de streaming, ainda que o seu antecessor, “Duna” já esteja na HBOMAX. Confira o trailer do novo filme:
