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Matérias / Elizabeth II

Completaria 97 anos: Como Elizabeth II assumiu o trono inglês

Elizabeth II, que faria 97 anos nesse 21 de abril, só chegou ao poder após um escândalo na monarquia britânica

Fabio Previdelli Publicado em 16/07/2021, às 11h14 - Atualizado em 21/04/2023, às 13h41

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Retrato oficial da coroação da rainha Elizabeth II - Royal Collection via Wikimedia Commons
Retrato oficial da coroação da rainha Elizabeth II - Royal Collection via Wikimedia Commons

Caso estivesse viva, a rainha Elizabeth II completaria 97 anos nesta sexta-feira, 21. Monarca mais longeva da história da Inglaterra — ela faleceu em 8 de setembro do ano passado

Sua Majestade Real esteve a frente do trono britânico por sete décadas, assumindo o posto em 6 de fevereiro de 1952. 

Apesar deste grande período à frente do Reino Unido, Elizabeth II só ascendeu ao cargo mais importante do país após um escândalo envolvendo a monarquia britânica. Relembre o episódio!

O reinado de Elizabeth II

Uma das figuras mais conhecidas do Reino Unido, a rainha Elizabeth II também possui recordes interessantes. Além de ter sido a monarca com o reinado mais longo da Inglaterra, com 70 anos no poder, segundo o Guinness Book, ela também foi a segunda mais longeva entre todos os reis e rainhas, algo que alcançou em 2015, ao superar o rei saudita Abdullah Bin Abdulaziz al Saud, que morreu aos 90 anos — só perdendo para Luís XIV da França, que esteve no poder por 72 anos.

Durante a cerimônia de coroação, Philip contrariou o protocolo e deu um beijo no rosto de Elizabeth / Créditos: Getty Images

Elizabeth II, que faria 97 anos nesta sexta-feira, 21, também foi a pessoa com mais nações independentes da qual era chefe de Estado em simultâneo — 15 países da Commonwealth mais o Reino Unido —; e a monarca mais rica, como aponta o The Sunday Times, que levantou que sua riqueza passava da casa dos 504 milhões de dólares, isso em 2012. Hoje a riqueza de Charles III é muito maior.  

+ Ultrapassou Elizabeth II: Fortuna do rei Charles III é divulgada

Porém, o que poucos sabem, é que Elizabeth Alexandra Mary só chegou ao topo da Coroa Britânica por conta de uma sucessão de eventos. 

Rumo diferente

Antes de mais nada, precisamos entender um ponto. Segundo a tradição britânica, o primogênito de um rei ou rainha sempre é o primeiro na linha de sucessão ao trono e não seu cônjuge, como explica matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História.  

A medida serve para que a coroa se mantenha sempre na mesma linhagem familiar — assim, como esposas e maridos de reis e rainhas possuem outra genealogia, eles ficam para trás nessa corrida. Além disso, o primogênito também fica na frente de seus tios e tias.  

O rei George VI, pai de Elizabeth II/ Crédito: Library of Congress, Prints and Photographs Division/Wikimedia Commons

Agora, voltamos para a árvore genealógica de Elizabeth II. A monarca foi filha do rei George VI e neta do rei George V. No entanto, seu avô teve outro filho, este mais velho, Edward VIII. Portanto, o tio de Lilibet deveria ser o primeiro na linha de sucessão ao trono, certo? Exatamente. E foi justamente isso que aconteceu. Mas o que mudou tudo? 

O escândalo real 

O reinado de Edward VIII durou poucos meses, entre janeiro e dezembro de 1936, acabando por um curioso motivo: o amor. Isso mesmo, a paixão falou mais alto que um título monárquico e fez Edward abicar do trono para viver como seu coração mandava. 

Como explica matéria publicada pela equipe do site do Aventuras, os 326 dias do tio de Elizabeth II no trono inglês terminaram em uma das maiores crises constitucionais da história da monarquia britânica. 

Tudo porque ele se apaixonou pela socialite norte-americana Wallis Simpson. Até aqui a história parece tudo bem, é verdade, porém, a Coroa Britânica sempre foi muito conservadora e imaginar que um rei pudesse se relacionar com uma mulher divorciada não passava pela cabeça de ninguém.  

No entanto, as coisas eram ainda piores, visto que Wallis estava se divorciando de seu segundo marido. Isso mesmo, Edward seria o terceiro casamento da socialite.  

Por isso, o novo rei acabou descobrindo, por meio do primeiro-ministro, que seus súditos não aceitariam ter Simpson como rainha. A primeira alternativa que ele tentou para continuar a ser rei e manter a relação foi a realização de um casamento morganático.  

Esse é um tipo de matrimônio onde um nobre se casa, mas seu título não se estende até seu parceiro/parceira. Porém, a medida causaria uma alteração na lei de Sucessão do Trono britânico e as coisas não foram para frente.  

Assim, o tio de Elizabeth II tinha três caminhos pelo qual poderia optar: o primeiro, e o mais ‘simples’ deles, seria não se casar; o segundo seria enfrentar os julgamentos e ir em frente. Mas ele optou pelo terceiro, abdicar do trono. E assim o fez em 11 de dezembro de 1936. 

Com isso, George V assumiu o poder, onde permaneceu até sua morte, em 6 de fevereiro de 1952. Já Elizabeth II assumiu seu lugar e lá esteve por mais de 70 anos, até sua morte em 8 de setembro de 2022.