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Matérias / Crimes

Caso Gil Rugai: O jovem que assassinou pai e madrasta a sangue frio

Em 2004, Luis Carlos Rugai e Alessandra Troitino foram mortos a queima roupa em um dos crimes mais chocantes do Brasil

Pamela Malva Publicado em 26/02/2020, às 18h30

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Gil Rugai a caminho de seu julgamento, em 2013 - Divulgação/Leonardo Soares​
Gil Rugai a caminho de seu julgamento, em 2013 - Divulgação/Leonardo Soares​

Donos de uma produtora de televisão, Luis Carlos Rugai e sua esposa, Alessandra Troitino, moravam em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo. Os dois já estavam juntos há anos e tinham a companhia do filho de Luis, o Gil, de 20 anos.

Felizes, com uma família e um emprego estável, o casal mal esperava o que estava por vir. Por mais que a empresa tenha sofrido um misterioso desfalque de mais de R$ 25 mil, estava tudo bem, eles resolveriam o problema. A real dor de cabeça, todavia, viria em março de 2004.

Na noite do dia 28, Luis Carlos e Alessandra foram alvos dos 11 tiros disparados na propriedade. Por trás da arma, puxando o gatilho, estava Gil Rugai. Com os familiares mortos, o jovem foi visto saindo da residência, acompanhado por uma pessoa não identificada.

Luis Carlos Rugai e Alessandra Troitino / Crédito: Arquivo Pessoal

Segundo o promotor do caso, Rogério Zagallo, o assassino provavelmente “estava com alguém da intimidade dele na cena do crime”. Por isso, Maristela Greco, a mãe de Gil, foi investigada pela polícia. Ela, no entanto, tinha um álibi sólido: estava em casa no dia dos homicídios.

Na semana seguinte, a perícia encontrou o cartucho da arma usada por Gil no quarto dele, e o estudante foi preso. O jovem alegou inocência o tempo todo, mas foi indiciado por duplo assassinato, em abril de 2004. A arma do crime — uma pistola de calibre 380 — só foi encontrada em 2005, na tubulação do prédio comercial em São Paulo, onde Gil tinha um escritório.

Gil Rugai, condenado por matar seu pai e sua madrasta / Crédito: Divulgação/Youtube

Entre 2005 e 2010, o criminoso foi preso e libertado diversas vezes, sempre que a defesa recorria na justiça. Ele chegou até mesmo a prestar vestibular em Santa Maria, em 2008. Em meados de 2012, Gil morava com sua avó materna, em Sumarezinho. Ele não estudava, muito menos trabalhava — mas ia à missa todos os dias, religiosamente.

O julgamento do réu — que também foi investigado pelo desfalque na empresa dos pais — aconteceu em 2013, nove anos depois do crime. No fim, Gil Rugai foi condenado a 33 anos e 9 meses de cárcere em regime fechado, pelo assassinato de seu pai e sua madrasta. Ele segue preso em Tremembé e poderá recorrer em liberdade.


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