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Matérias / Personagem

Tragédia e exílio: os melancólicos anos finais da Princesa Isabel

Depois de ter sido exilada de seu país de nascença, Isabel ainda teve que lidar com duras perdas antes de morrer debilitada

Caio Tortamano Publicado em 26/12/2020, às 14h00

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Pintura oficial da Princesa Isabel - Wikimedia Commons
Pintura oficial da Princesa Isabel - Wikimedia Commons

Voltando às pressas para a Europa depois do fim do imperialismo no Brasil, Teresa Cristina viu seu estado de saúde — que já era frágil quando partiu da América — piorar ainda mais. Três semanas depois, a mãe de Isabel viria a morrer.

Isabel estava longe de Teresa Cristina quando esta morreu, e quando chegaram em Porto para participar do funeral, acabou desmaiando devido às fortes emoções que estava passando nessas últimas semanas. 

A princesa, casada com o nobre francês Luís Filipe Maria Fernando Gastão, conde d’Eu, se mudou para uma vila privada na França, com o dinheiro que toda a família imperial recebeu de um banqueiro português, depois de terem todas as suas posses confiscadas pela república brasileira.

Herança e estabilidade

O tio de Gastão, Francisco príncipe da França, já concedia uma mesada generosa para que seu sobrinho e sua mulher pudessem viver um estilo de vida confortável a custas do dinheiro da realeza francesa. Tudo isso foi potencializado a partir da morte de Francisco, já que o marido de Isabel recebeu uma parte da herança.

Princesa Isabel / Crédito: Wikimedia Commons

Com esse dinheiro, o francês comprou o castelo d’Eu, na Normandia. Os dois se mudaram para o local e mobiliaram com itens de decoração vindos diretamente do Brasil. Por mais que a vida tenha ficado mais tranquila para Isabel na França, alguns episódios tristes marcaram a sua velhice.

Primeira Guerra Mundial

Dois de seus filhos, Antônio e Luís, lutaram pelo exército britânico durante o curso da Primeira Guerra Mundial, uma vez que não podiam representar a França pelo Exército por serem membros da família real francesa. Luís não ficou muito tempo na guerra, já que foi considerado como inválido para o serviço ativo ainda em 1915, um ano depois do início do confronto.

Pintura representando Antônio Gastão de Orléans-Braganza / Crédito: Wikimedia Commons

Antônio, entretanto, teve um destino bem mais trágico que o irmão. Pouco depois do armistício, enquanto ainda servia ao exército, o filho de Isabel estava realizando manobras aéreas de rotina com seu avião, nos arredores de Londres. Porém, o avião acabou caindo e o rapaz não sobreviveu ao acidente.

A dor da perda do filho não fez bem para sua saúde, especialmente depois que Luis morreu, em 1920, por conta de uma já prolongada doença. Em uma carta que escreveu para seu marido enquanto o mesmo estava em uma viagem, a brasileira confessou a Gastão que a dor estava quase a fazendo perder a cabeça.

Saúde

Depois disso, sua saúde foi somente por ladeira abaixo. Em 1920, o governo brasileiro — então presidido por Epitácio Pessoa — acabou com o banimento dos membros da família imperial do território brasileiro. Isabel, porém, nunca conseguiu voltar para seu país de origem, já que sua saúde não permitia que ela fizesse longas viagens.

Isabel (esq.) Pedro e Teresa (centro) e Gastão (dir.) / Crédito: Wikimedia Commons

Um ano depois, a princesa não conseguia mais andar e, neste mesmo ano viria a morrer, no dia 14 de novembro. Inicialmente enterrada em uma tumba na França, seus restos mortais foram trazidos ao Brasil em 1953, em uma cerimônia de reenterro na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, ao lado de seus pais, Pedro II e Teresa Cristina.

Além dos dois, Gastão também foi enterrado novamente em cerimônia especial na Catedral de Petrópolis.


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