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Matérias / Voo Malaysia Airlines 370

Virou documentário da Netflix: O desaparecimento do voo Malaysia Airlines 370

Até hoje, o destino do avião que desapareceu entre a Malásia e a China representa um dos maiores enigmas da aviação

Redação Publicado em 14/08/2020, às 09h00 - Atualizado em 17/02/2023, às 14h24

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Imagem da série documental 'Voo 370: O Avião que Desapareceu', da Netflix (2023) - Divulgação/Netflix
Imagem da série documental 'Voo 370: O Avião que Desapareceu', da Netflix (2023) - Divulgação/Netflix

No dia 8 de março de 2014, acontecia um dos maiores mistérios da aviação. O voo 370 da Malaysia Airlines, que levava 239 pessoas de Kuala Lumpur para Pequim, simplesmente desapareceu.

A última comunicação da tripulação com o controle de tráfego aéreo se deu 38 minutos depois da decolagem, e durante mais de uma hora ela foi rastreada se desviando de sua rota planejada. Até hoje, não se sabe o destino do avião que ia da capital da Malásia até a capital da China, e muitas teorias vêm surgindo a respeito deste trágico episódio.

Em 8 de março, a tragédia será relembrada na série documental 'Voo 370: O Avião que Desapareceu', da Netflix. "O chocante desaparecimento de um avião comercial ganhou as manchetes, provocou tumultos, mergulhou os parentes dos passageiros em um pesadelo e gerou uma busca global por respostas que nunca vieram", detalhou a Netflix em material para a imprensa. "Ambientado em sete países, esta emocionante série de documentários da RAW usa arquivos poderosos para reconstruir a noite do desaparecimento, dando aos espectadores a chance de explorar três das teorias mais controversas sobre o desaparecimento do avião". 

Mistério no ar

Os funcionários da aeronave eram da Malásia, incluindo os pilotos, e os 239 passageiros pertenciam a nações diferentes, sendo 153 cidadãos chineses, sete pessoas da Indonésia, seis da Austrália, cinco da Índia, quatro da França, três dos EUA, dois neozelandeses, dois da Ucrânia, dois do Canadá, um da Rússia, um holandês, um taiuanês e dois do Irã, que contavam com passaportes furtados de um italiano e um austríaco.

Destroços de asa do avião, exposto no evento em memória ao desaparecimento / Crédito: Getty Images

A busca pelo avião se concentrou inicialmente no mar da China Meridional. A falta de notícias causou revolta na China, Malásia e diversos outros países, e durante os anos de 2015 e 2016 detritos da aeronave foram sendo encontrados no Oceano Índico. Não era possível determinar se o avião se rompeu no ar ou no impacto com o oceano, mas o que se sabia era que ele havia descido para a água descontroladamente.

Em janeiro de 2017, após uma pesquisa de três anos que mapeou 120 mil km do oceano, os governos da Malásia, Austrália e China interromperam a busca. Entre as hipóteses oficiais, está a de um evento de hipóxia — baixo teor de oxigênio — que teria matado os passageiros durante o voo, conforme o  Escritório de Segurança de Transporte Australiano, e também a de que o avião havia sido sequestrado, conforme repercutido pelo El País em 2014.

Evento em memória ao desaparecimento do voo Malaysia Airlines 370 em Kuala Lumpur, 3 de março de 2019 / Crédito: Getty Images

A hipótese de que se tratou de um suicídio por parte do piloto também foi cogitada. “Entendi claramente que altos funcionários do governo malaio pensaram no início que havia sido um assassinato-suicídio do piloto”, afirmou em documentário o ex-primeiro-ministro australiano Tony Abbott. “Não vou dizer quem disse o que para quem”, completou, em fala repercutida pela Veja em 2020. Todavia, tanto os familiares quanto amigos de Zaharie Ahmad Shah, o piloto, negaram essa teoria.

O relatório

Em julho de 2018, o governo da Malásia emitiu um relatório final sobre a busca da aeronave, considerando o mau funcionamento mecânico improvável, assim como o piloto automático ou uma falha no computador. Não foi descartada a hipótese de 'interferência ilegal de terceiros', e os investigadores não acreditam na ideia de uma missão suicida dos pilotos.

"Examinamos o piloto e o primeiro oficial e estamos bastante satisfeitos com o histórico, com treinamento e com a saúde mental deles", disse Kok Soo Chon, investigador, durante conferência. "Não somos da opinião de que poderia ter sido um evento cometido pelo piloto", completou em fala repercutida pela Galileu em 2018.

A investigação também contou com dois psiquiatras que examinaram as gravações de áudio e também imagens do comandante antes de a tragédia ocorrer, e não se depararam com nenhum sinal de ansiedade ou estresse. Além disso, os antecedentes dos passageiros foram verificados, de forma que não foi possível encontrar problemas. 

Outra informação divulgada através do relatório, é que o voo realizou o contato via satélite em sete ocasiões, seis horas antes da aeronave sumir. Ao mesmo tempo, a aeronave se encontrava perto da costa da Austrália, sul do Oceano Índico, no último momento. Na última gravação registrada, o piloto disse: 'boa noite, malaia, três sete zero'. 

O relatório também destacou que quatro transmissores localizadores de emergência da aeronave apresentaram falha e acabaram não acionando os sinais que seriam responsáveis por ajudar na busca do avião. Mahathir Mohamad, então primeiro-ministro da Malásia, informou que a busca só seriam retomadas após a existência de novas evidências.