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Matérias / Música

Neste dia, em 1970, os Beatles anunciavam seu fim

Em 10 de abril, por “desacordos no plano pessoas, no dos negócios e no musical, Paul McCartney anunciava sua saída da banda e seu novo álbum solo. Relembre!

Fabio Previdelli Publicado em 10/04/2021, às 00h00

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Os Beatles - Divulgação
Os Beatles - Divulgação

Ao lado de John Lennon, George Harrison e Ringo Starr, Paul McCartney formou uma das maiores bandas de todos os tempos — se não a maior —, sendo essenciais para o desenvolvimento da contracultura da década de 1960 e para o reconhecimento da música popular como forma de arte, como aponta Michael Frontani em ‘The Beatles: Image na the Media’. 

Porém, após oito anos de formação, muitos foram pegos de surpresa naquele 10 de abril de 1970, há exatos 51 anos, quando McCartney anunciou que deixaria o Quarteto de Liverpool por “desacordos no plano pessoas, no dos negócios e no musical. Mas o principal é que me sinto melhor com minha família”, recorda matéria do Estadão. 

As suspeitas do fim 

Apesar da notícia ter sido chocante para os fãs, alguns elementos já colocavam dúvidas em relação a continuidade da banda. Segundo relata matéria do blog Combate Rock, do UOL, naquela época rumores sobre possíveis desentendimentos entre os Fab Four já circulavam a todo vapor. 

Paul e John juntos após show / Crédito: Wikimedia Commons

Além disso, Paul não escondia de ninguém que não estava satisfeito pela maneira como o novo empresário do grupo, Allen Klein, gerenciava os negócios. Até 1967, o grupo era gerido por Brian Epstein, que além de uma das figuras responsáveis pelo sucesso dos Beatles, também era responsável por mediar os conflitos entre seus integrantes, como recorda matéria da Rolling Stones.  

Porém, naquele ano, o empresário acabou falecendo em virtude de uma overdose, o que acabou abalando demais John Lennon, como revela Ray Coleman em ‘Lennon: The Definitive Biography’. Naquele momento, Paul, entendendo a frágil situação que a banda vivia, passou a iniciar novos projetos para que o grupo se mantivesse com a mente ocupada. 

Apesar disso, Barry Miles conta em ‘Paul McCartney: Many Wears From Now’ que o ‘domínio’ que o compositor da banda passou a ter perturbou os outros integrantes. Algo que é rebatido por Jann Wenner em ‘Lennon Remembers’, que detalha que os esforços de McCartney para manter a banda foram considerados como importantes por John.  

A notícia que deixou Lennon furioso 

Apesar disso, anos depois, quando Paul anunciou sua saída dos Beatles, a notícia não agradou em nada John Lennon, que sentiu-se traído por McCartney, como relata o Combate Rock. Tudo porque, Lennon já havia decretado o fim da banda ao anunciar sua saída em outubro de 1969. 

Porém, ele acabou sendo convencido por Paul e Allen Klein a não anunciar sua decisão ao público antes dos lançamentos de “Abbey Road” e do LP “Let It Be”, que seriam lançados nos meses seguintes. A dupla havia conseguido o silêncio de John pelos próximos seis meses.  

Paul McCartney durante entrevista / Crédito: Wikimedia Commons

Porém, logo após gravar “I Me Mine” — a última música dos Beatles, segundo o blog do UOL — ao lago de George e Ringo, McCartney prontamente acelera a gravação de seu primeiro álbum solo, que é anunciado no mesmo dia que ele revela sua saída dos Beatles.  

“Não acho que tenha traído alguém. Ninguém mais do que eu lutou para manter a banda unida entre 1968 e 1970, quando os outros não estavam interessados. Fiz de tudo e quis levar os Beatles adiante, mas não deu. Então, diante disso, eu me senti no direito de anunciar o rompimento", disse o ex-Bealtes em entrevista à Rolling Stones 30 anos depois.  

A tentativa de um recomeço 

Após a declaração, George, Ringo, Lennon e Klein fizeram diversas reuniões para decidirem quais seriam seus próximos passos. Uma das alternativas encontradas, segundo revela o Combate Rock, era de convidar o baixista Klaus Voorman — que era fotógrafo e amigo do trio desde que eles tocaram em Hamburgo, entre 1960 e 1962 —para ocupar o lugar de Paul.  

Para seguir em frente, eles até mesmo topariam em trocar de nome, chamando-se de “The Ladder”. Porém, passou a ficar claro que nada seria possível sem o quarteto que encantou as multidões. Semanas depois, George Harrison avisou Starr e Lennon que também estava fora de novos projetos, se desligando oficialmente.

Dali em diante, acabava uma marcante era no rock mundial. “O sonho acabou”, disse Lennon. Com o fim dos Beatles, os fãs jamais puderam ver seus ídolos juntos novamente, embora pudessem apreciar um pouco do talento de cada um nos novos projetos que eles lançaram individualmente, porém, jamais sentiram o mesmo êxtase que os Meninos de Liverpool eram capazes de causar quando estavam juntos. 


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