Em um encontro histórico, ambos os líderes apertaram as mãos e conversaram no território norte-coreano
Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 30/06/2021, às 12h09
Hoje, 30 de junho, o mundo relembra os dois anos do encontro histórico entre Donald Trump e Kim Jong-unna Coreia do norte. Conforme a BBC, foi a primeira vez em que um presidente dos Estados Unidos, visitou o país.
Naquele domingo, os líderes que pouco antes trocavam farpas e ameaças de ataques com mísseis, apertaram as mãos na zona desmilitarizada localizada na fronteira entre as Coreias, conhecida como DMZ. Mais tarde, os representantes adentraram o território norte-coreano.
A visita do republicano à Coreia do Norte foi breve, porém muito significativa à época. Estando em Panmunjom, região tida como "a mais tensa do mundo", Trump avançou a fronteira, dando apenas alguns passos no país de Kim. Após esse feito, o americano declarou que aquele teria sido "um grande dia para o mundo".
Na ocasião, Kim Jong-un ressaltou que era a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos visitava a Coreia do Norte, enquanto Trump afirmou ser uma honra entrar no local.
Esta não foi, porém, a primeira vez em que os dois líderes se encontraram. Na verdade, outras duas reuniões foram realizadas antes, tendo uma delas ocorrido em janeiro de 2019. Contudo o evento do início do ano durou bem menos do que o previsto e não houve acordo sobre o programa nuclear da Coreia do Norte.
Desta vez, porém, o encontro foi mais longo e Trump e o norte-coreano conversaram por 50 minutos. O grande evento terminou com um convite para que Kim visitasse a Casa Branca, o que nunca ocorreu.
A BBC ainda ressaltou que a iniciativa da reunião partiu do republicano, que realizou uma publicação em seu perfil no Twitter, sugerindo o encontro. Ele estava no Japão em razão da cúpula do G20 e, logo, visitaria a Coreia do Sul. Assim, viu que seria a oportunidade perfeita para visitar o território norte-coreano.
"Após várias reuniões muito importantes (...) deixarei o Japão rumo a Coreia do Sul (com o presidente Moon). Enquanto estiver lá, se o presidente Kim da Coreia do Norte olhar isto, eu o encontraria na Fronteira/DMZ apenas para apertar sua mão e dizer olá (?)!", escreveu.
No mesmo dia do histórico encontro na fronteira, o presidente da Coreia do Sul, MoonJae-in, já havia declarado que haveria "um aperto de mão pela paz", demonstrando grandes expectativas de que um acordo logo seria realizado, colocando um fim à tensão entre os EUA e a Coreia do Norte.
Contudo, hoje, após tantas ocorrências na política internacional, vemos que esta aproximação entre os dois países está muito longe de se tornar uma realidade.
