Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Personagem

Novo mundo após 68 anos de encarceramento: a saga de Joe Ligon

Recentemente, o idoso de 83 anos foi libertado após ficar quase sete décadas atrás das grades

Victória Gearini Publicado em 20/02/2021, às 10h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Joe Ligon, após ser libertado da prisão - Divulgação / Youtube / African Diaspora News Insider
Joe Ligon, após ser libertado da prisão - Divulgação / Youtube / African Diaspora News Insider

Na última quinta-feira, 18, a CNN divulgou que Joe Ligon foi libertado da prisão, após ficar quase sete décadas longe do resto da sociedade. O homem havia sido condenado à prisão perpétua, em 1953, após assumir uma série de crimes na Filadélfia.

Hoje em dia, aos 83 anos, Ligon entrou para a história como o prisioneiro juvenil que ficou mais tempo atrás das grades nos Estados Unidos. Após 68 anos encarcerado, o homem encontrou um mundo completamente diferente daquele que deixou para trás.

Os crimes

No início da década de 1950, Joe Ligon tinha apenas 15 anos quando assumiu para a corte estadunidense a autoria de uma série de crimes que assolaram a Filadélfia na época. 

O rapaz se declarou culpado pelos assassinatos em primeiro grau de Charles Pitts e Jackson Hamm, que foram mortos após um ataque de sua gangue. O episódio teria deixado, ainda, outras seis pessoas feridas. Além disso, ele assumiu ter participado de diversos assaltos

Fotografia de Joe Ligon jovem na sequência de uma imagem atual do ex-prisioneiro / Crédito: Divulgação / Pennsylvania Department of Correction

Em entrevista à CNN, Ligon disse que não é mais um perigo para a sociedade e que hoje em dia é um homem velho, portanto, não oferece riscos para ninguém.

"Ele retribuiu amplamente à sociedade pelos danos e prejuízos que causou. E agora, é apropriado que ele passe os últimos anos de sua vida em liberdade", declarou seu advogado Bradley Bridge à CNN.

Vale ressaltar, que em contrapartida com as declarações do prisioneiro, o seu advogado de defesa afirmou que o cliente alegou não ter matado Charles Pitts e Jackson Hamm — mesmo que na época tenha assumido os crimes.

Liberdade condicional 

Ao longo das décadas, o homem teve a oportunidade de deixar a prisão algumas vezes. Contudo, em todas as ocasiões, ele rejeitou a opção de clemência do governador da Pensilvânia.

Já entre 2016 e 2017, Ligon recebeu uma nova proposta de liberdade condicional, mas o acusado novamente recusou a oferta. De acordo com o prisioneiro, sair da prisão não lhe daria a redenção que almejava.

Joe Ligon, após ser libertado da prisão / Crédito: Divulgação / Youtube / African Diaspora News Insider

Em novembro de 2020, o advogado de defesa conseguiu uma nova audiência. Foi determinado que o acusado conseguisse a liberdade definitiva, após ficar 68 anos atrás das grades.

Um mundo de pandemia 

Ao sair da prisão, Ligon se deparou com um mundo completamente diferente daquele que deixou para trás aos 15 anos. O homem encontrou uma sociedade fragilizada e caótica devido a pandemia do novo coronavírus

Para ajudá-lo a encarar este novo cenário, o ex-presidiário e atual coordenador de reentrada do Projeto de Sentenciamento e Reentrada Juvenil (YSRP) da Filadélfia, John Pace, decidiu acolhê-lo. 

Atualmente, o homem ficou encarregado de inseri-lo novamente na sociedade. Para isso, ele se responsabilizou em ajudar Ligon a encontrar um bom lar, que comporte as necessidades de uma pessoa idosa. 

"Joe tem controle sobre como demonstra quem ele é hoje, e ele espera que isso seja o suficiente para ajudar outras pessoas a perceberem como ele está tentando ajudar outras pessoas a usar o bom senso", disse Pace à CNN. 

Já o idoso, afirmou estar ansioso para encarar esta nova fase de sua vida. Além disso, ele disse à CNN que deseja contar a sua história para outras pessoas e que almeja ajudar o próximo nos últimos anos de vida que lhe restam.


+Saiba mais sobre prisões por meio de grandes obras disponíveis na Amazon:

Presos que menstruam, de Nana Queiroz (2015) - https://amzn.to/36r7Gol

Estação Carandiru, de Drauzio Varella (1999) - https://amzn.to/2VkLUMT

Prisioneiras, de Drauzio Varella (2017) - https://amzn.to/2HXl7Dh

Regime fechado, de Débora Driwin Rieger Zanini (2016) - https://amzn.to/3lrMjaL

Cadeia, de Debora Diniz (2015) - https://amzn.to/3mtYDsj

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W