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Matérias / Atentado em Bangladesh

O brutal atentado em restaurante de Bangladesh que inspirou filme da Netflix

Atentado terrorista reivindicado pelo Estado Islâmico inspirou filme "Quando Bangladesh Chorou", disponível na Netflix

Redação Publicado em 09/04/2023, às 12h58

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Cena do filme "Quando Bangladesh Chorou" - Divulgação/Netflix
Cena do filme "Quando Bangladesh Chorou" - Divulgação/Netflix

No fim de 2022, um filme diferente foi lançado na Netflix, e vem cativando cada vez mais espectadores. É a obra de suspense indiana "Quando Bangladesh Chorou", dirigido por Hansal Mehta. A produção é baseada na história real de um atentado terrorista que aconteceu em 2016, na cidade de Daca, no Bangladesh.

Uma atmosfera de thriller se mistura a cenas de ação para contar a história de um evento traumático do passado recente de Bangladesh. No dia 1º de julho de 2016, um restaurante na capital do país, Daca, foi invadido por cinco terroristas, que tomaram como reféns diversos estrangeiros e locais. Ao fim de horas de tortura, alguns dos cativos foram mortos.

A organização terrorista Estado Islâmico (EI), criada após a invasão dos Estados Unidos ao Iraque em 2003, reivindicou o ataque terrorista que aterrorizou o Bangladesh e inspirou o filme. Além do filme, que já está disponível no streaming da Netflix, você pode conhecer o relato jornalístico dessa história aqui.

Atentado

Em julho de 2016, o café Holey Artisan Bakery, em Daca, passava por mais um dia normal, quando cinco jovens entraram e fizeram todos os funcionários e clientes do local de reféns. O estabelecimento estava cheio de turistas, especialmente japoneses e italianos, que visitavam a capital do Bangladesh.

Os terroristas eram jovens, na faixa dos 20 anos, bengalis de nascença e filhos da elite do país. Os garotos estudavam nas melhores universidades do Bangladesh. Esses mesmos cidadãos promissores mantiveram dezenas de reféns presos por 12 horas em um restaurante, torturando os cativos e matando 22 pessoas, 17 delas turistas estrangeiros.

Segundo matéria da Veja, um dos homens que invadiu o café era Meer Saameh Mubasher, jovem de 18 anos que havia desaparecido e fugido de casa no dia 29 de fevereiro do mesmo ano. O pai dele disse que não havia percebido a radicalização do garoto, mas lembrava de um episódio estranho meses antes do desaparecimento, quando o garoto parou de praticar guitarra porque "música não era bom".

Imagem de divulgação do filme "Quando Bangladesh Chorou" - Divulgação/Netflix

A ideia da música e da dança como más influências é muito disseminada pelo Estado Islâmico, que reivindicou o atentado. A justiça local do Bangladesh disse que o grupo responsável foi o Jamaatul Mujahideen Bangladesh (JMB), organização que pretendia trazer uma base do EI para o país, onde predomina o islamismo moderado.

Os jovens invadiram o restaurante armados com fuzis e facões. As forças de segurança locais conseguiram libertar 20 reféns após uma operação de extração de reféns que durou duas horas. Os cinco terroristas que realizaram o atentado foram mortos pelas forças policiais do Bangladesh.

Julgamento

Em novembro de 2019, um tribunal antiterrorista do Bangladesh condenou à morte sete dos oito acusados de terem sido os autores intelectuais e logísticos do ataque terrorista no restaurante Holey Artisan Cafe, em 2016. Segundo o juiz Mojibur Rahman, que participou do tribunal que condenou os terroristas, o ataque visava "prejudicar a segurança pública, criar anarquia e estabelecer um estado jihadista".

Um dos homens acusados, Boro Mizan, não foi condenado, já que as acusações não puderam ser comprovadas. Os outros sete foram condenados a execução por enforcamento por participarem da organização, do treinamento e do fornecimento de armas para o atentado. Após a sentença, alguns dos condenados gritaram as expressões “Allahu Akbar” (Deus é grande) e “viva a fé do Islã”.

Confira abaixo o trailer do filme "Quando Bangladesh Chorou", inspirado na história desse trágico atentado terrorista, que fez 22 vítimas, e disponível na Netflix: