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Matérias / Personagem

O Hacker que enviou um insólito item para a casa de Bill Gates

No ano de 1999, o jovem britânico Raphael Gray obteve dados de 23 mil pessoas que viviam nos EUA, Tailândia e Canadá, incluindo do co-fundador da Microsoft

Giovanna Gomes Publicado em 21/02/2021, às 09h00

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O bilionário Bill Gates - Flickr
O bilionário Bill Gates - Flickr

No ano de 1999, um jovem britânico de 17 anos chamado Raphael Gray foi o responsável por roubar inúmeros números de cartões de crédito de pessoas que viviam nos EUA, Tailândia e Canadá. Entretanto, conforme alegou o rapaz, sua intenção era passar uma importante mensagem à toda população.

Mas algo um tanto estranho ocorreu no meio desta caótica situação: Gray enviou um presente no mínimo excêntrico ao bilionário Bill Gates e que deixou a muitos intrigados na época. O que havia no pacote? Uma cartela de Viagra.

O caso e a decisão da Justiça

Conforme a Folha, Raphael obteve informações dos cartões de crédito de 23 mil pessoas, inclusive do co-fundador da gigante da tecnologia Microsoft, Bill Gates. Com os dados do próprio bilionário, o hacker realizou a compra de Viagra e enviou a sua residência, o que deve ter deixado o empresário surpreso.

Bill Gates, co-fundador da Microsoft - Crédito: Wikimedia Commons

Gray acabou sendo preso provisoriamente em março de 2000. Entretanto, o juiz Gareth Davies, do tribunal de Welsh, na Inglaterra decidiu que ele não deveria ser condenado, mas sim receber tratamento psiquiátrico, além de promover trabalhos voluntários durante três anos em Swansea, no País de Gales.

A decisão final foi justificada pelo fato do magistrado ter considerado um evento ocorrido quando o jovem tinha 14 anos: uma queda que teria causado sequelas, prejudicando seu estado mental.

O jovem hacker - Crédito: Divulgação

"Um santo do comércio eletrônico"

Ainda que tenha reconhecido seus crimes, Gray defendeu suas ações, alegando que elas foram por um bem maior.

Em entrevista concedida à rede de televisão americana PBS, o rapaz declarou: "Sou a favor do comércio on-line, desde que seja seguro e razoável, algo que é raro nos nossos dias". Por essa razão, ele se considerou "um santo do comércio eletrônico" em "uma cruzada para denunciar a falta de segurança na rede."

"Sou como seu vizinho intrometido que toma esteroides, basicamente. Pode ser interessante, porque quando você vê o computador de alguém, você tem uma ideia de como eles trabalham, com quem falam, no que estão interessados, se realmente fazem algum trabalho, qual é o seu trabalho", disse Gray, alegando não ter a intenção de prejudicar ninguém. 

Para defender que sua ação foi um bem à população, o hacker afirmou que há muitas pessoas que não protegem "sua própria segurança, muito menos a segurança de seus clientes. No final das contas, a culpa é dessas empresas. A bola para com eles. Mas eles nem estão tentando proteger seus próprios negócios disso." Ao final ele declarou que faria tudo outra vez, mas que tomaria cuidado "de fazer de uma forma legal".

Após o crime, o britânico, que estava desempregado, recebeu uma oferta de emprego de uma companhia de softwares.


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