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Matérias / Segunda Guerra Mundial

O inferno de Oradour-sur-Glane: A trágica história por trás de uma vila fantasma da França

A Segunda Guerra Mundial teve diversos episódios de crueldade, e sem dúvida o ataque ao povoado de Oradour-sur-Glane se destaca entre eles

Ingredi Brunato Publicado em 06/01/2021, às 17h45 - Atualizado às 21h51

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Fotografia de Oradour-sur-Glane - Divulgação/ I. Cook
Fotografia de Oradour-sur-Glane - Divulgação/ I. Cook

Já faz cerca de 75 anos que a vila francesa de Oradour-sur-Glane não é mais habitada. Seus moradores, todavia, não a abandonaram, como ocorreu com cidades fantasmas ao redor do mundo.

Em vez disso, eles morreram com ela, num tenebroso massacre que durou um único dia em 1944 - e esse curto período de tempo foi o suficiente para tirar 642 vidas. Após seu fim, Oradour-sur-Glane foi enxameada, de forma que nem mesmo suas construções fossem poupadas. 

As ruínas queimadas estão até hoje intocadas, para que seu vazio melancólico sirva de memória das pessoas que um dia ali viveram, e o horror que precisaram enfrentar perto do final. 

Contexto histórico 

O mundo era tomado pela Segunda Guerra Mundial quando Oradour-sur-Glane foi capturada pelos soldados alemães, apenas quatro dias após o famoso Dia D, em que as forças dos Aliados desembarcaram em massa nas praias da Normandia, norte da França, com o objetivo de libertar o país do domínio inimigo. 

A vila era habitada por cidadãos comuns, de forma que não havia um motivo aparente para que o local fosse atacado. Uma das hipóteses é que o massacre - um dos maiores ataques cometido por nazista contra civis de toda guerra - teria ocorrido em retaliação à captura de um oficial alemão pela frente de resistência francesa. 

Apesar disso, o propósito exato da matançanão pode ser determinado com certeza. 

Como ocorreu 

O regimento que caiu sobre a vila francesa se chamava “Der Führer”. Após metralharem os homens que viviam ali, as autoridades da tropa alemã ordenaram que todas as mulheres e crianças do local se reunissem dentro de uma igreja no centro do povoado. 

Em seguida, foi ateado fogo à construção religiosa. Aqueles que tentaram fugir do local foram fuzilados pelos soldados. Quando as chamas haviam ardido por tempo suficiente para que ninguém mais ali dentro estivesse vivo, os militares fizeram uma varredura pela vila, buscando possíveis sobreviventes, para que pudessem matá-los também. 

Igreja queimada de Oradour-sur-Glane / Crédito: Wikimedia Commons

O saldo final de vidas perdidas foi 642, como citado anteriormente. O número englobava também crianças. Foram assassinados ainda seis bebês com menos de seis meses, em meio à matança. 

Atos posteriores  

Foi o presidente francês da época, Charles de Gaulle, que tomou a decisão de deixar as ruínas de Oradour-sur-Glane intactas, transformando-a em uma vila memorial. Segundo o veículo jornalístico Deutsche Welle, por volta de 30 mil pessoas visitam o local todos os anos. 

Ruínas de Oradour-sur-Glane / Crédito: Divulgação/ I.Cook 

Em 1953, nove anos após o violento ataque, 65 dos 200 militares alemães envolvidos no massacre foram julgados por um tribunal na cidade de Bordéus, na França. 

Em 2004, um dos generais da Alemanha, chamado Gerhard Schröder, reconheceu publicamente a importância de não esquecer os acontecimentos cruéis do passado nazista do país, para que eles possam não ser mais repetidos. No discurso do oficial, a vila fantasma francesa ganhou particular atenção.

Já no ano de 2014, um ex-membro do partido nazista recebeu acusações relacionadas ao episódio, porém o processo acabou não indo para frente pela falta de testemunhas. 


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