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Matérias / Estados Unidos

O que motivou o ataque dos Estados Unidos ao Irã?

Uma histórica e conturbada relação que envolve controle geopolítico, poderio do petróleo do Oriente Médio e imperialismo estadunidense resulta em consequências mundialmente drásticas

Isabela Barreiros Publicado em 03/01/2020, às 15h11

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Getty Images
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Getty Images

A conturbada relação entre os Estados Unidos e o Irã é histórica. Há décadas, os dois países alimentam um clima de hostilidade recíproca, agravado pela guerra imperialista do primeiro em uma escalada pelo petróleo da região do Oriente Médio.

O ataque estadunidense ao Aeroporto de Bagdá, no Iraque, que aconteceu nesta quinta-feira, 2, é mais um dos episódios dessa trajetória conturbada. A ação aérea realizada via drones causou a morte de pelo menos oito pessoas, incluindo um dos homens mais importantes do Irã na atualidade.

Qasem Soleimani era o comandante da Força Revolucionária da Guarda Quds. Além disso, foi um dos principais responsáveis pela derrota do Estado Islâmico na guerra que acontecia na Síria, que causou a morte de milhares de pessoas. 

Qasem Soleimani, morto pelo ataque terrorista dos Estados Unidos / Crédito: Getty Images

Mas porque os Estados Unidos resolveram investir contra o Irã? Outros acontecimentos recentes vêm aumentando a tensão entre os dois países. De acordo com os EUA, o Irã foi responsável por uma invasão à embaixada estadunidense em Bagdá no começo desta semana. O país acusado, porém, nega a autoria do ataque. 

Em nota, o governo norte-americano afirmou que "Soleimani estava desenvolvendo planos para atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda a região”. 

O Pentágono também informou que "sob a ordem do presidente [Donald Trump], as Forças Armadas dos EUA agiram defensivamente para proteger os cidadãos norte-americanos no exterior ao matar Qasem Soleimani. Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos iranianos de ataque".

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, em resposta à medida terrorista, afirmou que "uma vingança severa aguarda os criminosos". O dirigente também anunciou que o Irã teria três dias para despedir-se de Soleimani, por meio de um decreto de luto nacional. 

Após a operação, Donald Trump postou em sua conta no Twitter a bandeira de seu país. 

Crédito: Twitter

Em 29 de novembro de 2011, ele também tuitou que “in order to get elected, @BarackObama will start a war with Iran”, ou seja, para ser reeleito no cargo de presidente da República, o então presidente Barack Obama começaria uma guerra com o Irã. 

Em 2019, o presidente parece seguir o mesmo caminho da tradição norte-americana que mantém políticos que começam conflitos armados no poder, apelando ao patriotismo dos cidadãos mais republicanos e conservadores.


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