Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Freddie Mercury

O único integrante do Queen que não falou com Freddie Mercury antes da morte

Colegas de banda relataram suas últimas conversas com o vocalista, menos um deles

Redação Publicado em 14/08/2022, às 08h00 - Atualizado em 21/08/2022, às 21h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Queen durante sessão fotográfica para o single 'Bohemian Rhapsody' - Divulgação/EMI
Queen durante sessão fotográfica para o single 'Bohemian Rhapsody' - Divulgação/EMI

Em 1991, o mundo assistiu a luta de Freddie Mercury contra a Aids chegar ao fim trágico. O vocalista do Queen morreu em 24 de novembro daquele ano, aos 45 anos, vítima de uma pneumonia bronquial provocada pela Aids.

Em uma trajetória de batalha contra a doença, o músico viveu anos com passagens dolorosas, mas resistindo e ainda gravando músicas com a banda, onde sua voz ficou eternizada nas canções e performances marcantes.

Durante seus últimos dias de vida, ficou cercado de sua família — tanto a de sangue, quanto a que formou por conta própria, sendo essa seus parceiros do Queen, sua ex-namorada Mary Austin e então companheiro Jim Hutton.

É possível entender mais sobre a situação de Freddie em seus momentos finais a partir de entrevistas dadas por essas pessoas anos depois de sua morte, que dão alguma luz ao sofrimento de seus amigos naquele momento difícil.

E, embora tenha sido, de fato, um tempo delicado para quem estava ao redor de Mercury, um dos membros do Queen tinha tanta dificuldade em lidar emocionalmente com a circunstância que chegou até a ficar sem vê-lo antes de ele morrer.

Muito emotivo

Segundo o Express UK, o ex-baixista do QueenJohn Deacon foi o único integrante da banda que não falou com Freddie em seus últimos dias, antes de sua morte em novembro de 1991.

Isso teria acontecido porque o artista não tinha estabilidade emocional o suficiente para ver o amigo naquele estado extremo de fragilidade física e emocional, especialmente em seus momentos finais.

Em decorrência disso, os familiares e amigos que fossem visitar o vocalista estavam proibidos de chorar na presença dele ou até mesmo ficar muito emotivos, o que causaria enorme sofrimento em Mercury.

De acordo com a ex-namorada dele, Mary, o astro não suportava que outras pessoas sofressem pela condição em que ele se encontrava, o que fazia com que sempre evitasse receber visitas de amigos que estivessem muito afetados pelas circunstâncias.

Proximidade com Freddie

Em inúmeras entrevistas, o ex-guitarrista e ex-baterista do Queen, Brian May e Roger Taylor, contaram como Deacon era o integrante da banda mais próximo de Freddie, o que fez com que ele ficasse mais afetado pelo sofrimento e consequente morte do amigo.

Quando o vocalista veio a falecer em 1991, o ex-baixista ainda concordou em se apresentar com o restante dos membros até 1997, quando decidiu se afastar da vida pública e até mesmo dos colegas de grupo.

Em uma de suas últimas declarações, repercutidas pela Rolling Stone Brasil, John ressaltava que não via sentido em continuar se apresentando com o Queen sem Mercury, já que era impossível substituí-lo em seus vocais e performances.

"Até onde sabemos, é isso. Não tem sentido continuar. É impossível substituir Freddie", afirmou na época.

Brian May relembra

No livro “Queen in 3-D” (2021), May relembrou o estado de Freddie em uma das últimas vezes que o viu antes de morrer há 31 anos. Segundo narrou na fotográfico sobre a banda, o amigo havia perdido parte de seu pé durante o tratamento contra a Aids.

"O problema era o seu pé. Tragicamente, restava muito pouco dele”, explicou Brian.

Para o guitarrista, o destino do colega de banda teria sido diferente se ele tivesse começado o tratamento “meses antes”, acreditando que diagnóstico e tratamento adiantados, o cantor poderia ter evitado as consequências da doença.