A Rainha da Inglaterra é governante cerimonial de diversos países e territórios ultramarinos. Saiba quais - e o que isso significa na prática
Ingredi Brunato Publicado em 03/12/2020, às 08h24
A Rainha Elizabeth IIé uma das figuras mais icônicas da atualidade — e da História. Com quase uma centena de anos, aos 94 anos, ela é a monarca que está ocupando a mais tempo o trono do Reino Unido e de mais 15 estados independentes.
Quando a Segunda Guerra Mundial se iniciou, Elizabeth tinha apenas 13 anos de idade. Já nos estágios finais do conflito, a futura rainha, na época com 19 anos, decidiu atuar no serviço militar britânico, como motorista e mecânica.
14 primeiros-ministros já acompanharam a monarca no poder da Grã-Bretanha ao longo de sua extensa vida. Com quase um século de vida, Lilibeth já presenciou diversos momentos históricos marcantes como a Segunda Guerra Mundial e a Corrida Espacial. Contudo, uma pergunta ainda intriga curiosos: como funciona o papel de Lilibeth nos países que englobam a Commonwealth?
Recentemente, o país de Barbados, uma ilha da região do Caribe, anunciou a intenção de se tornar uma República no ano que vem, de forma que a Rainha Elizabeth II deixará de ser a chefe de estado.
Com a decisão, permanece apenas a primeira-ministra, Mia Amor Mottley, nessa posição. O cargo sai das mãos da monarca oficialmente em novembro de 2021, marcando o fim da monarquia parlamentarista no país caribenho.
Essa medida foi só mais uma das que Barbados tem tomado no decorrer do ano para quebrar seus laços com um passado colonial em que era apenas mais um dos territórios controlados pelo Império Britânico.
Ainda que a ilha fosse independente desde 1996, tendo a Rainha apenas como governante cerimonial (como é o caso em todos os outros países que a tem como chefe de estado, incluindo a Inglaterra) essa mudança teria grande valor simbólico para o povo barbadiano.
Inclusive, o país caribenho não foi o primeiro a tomar uma decisão assim, muito pelo contrário: apenas aderiu uma tendência já em curso. Trinidad e Tobago, Guiana e Dominica também destituíram Elizabeth II de seu cargo histórico, e a Austrália quase se declarou uma República também em 1999, porém acabou voltando atrás após um plebiscito.
Quem sobrou
Existem atualmente 38 países que deixaram de ter a Rainha da Inglaterra como chefe de estado, em geral possuindo agora primeiro-ministros ocupando esse cargo, todavia o império simbólico sob o poder de Elizabeth ainda é extenso, estendendo-se a 16 países.
Dentre esses, estão evidentemente inclusos os localizados no Reino Unido, que são a Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e a própria Inglaterra. Seguem-se o Canadá, a Nova Zelândia e a Austrália.
Os países acima são os mais comumentemente lembrados, já a partir daqui existe uma série de outras ilhas localizadas no Caribe e Oceano Índico que também possuem a mesma relação cerimonial com a governante britânica.
Sendo eles: Bahamas, Belize, Granada, Jamaica, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Santa Lúcia, Antígua e Barbuda, São Cristóvão e Nevis e por fim São Vicente e Granadinas. Repare que os últimos três nomes são duplos, porém se trata de um território só em ambos os casos.
Fora essas nações, existem ainda os chamados “territórios ultramarinos britânicos”, a maioria desses sendo ilhas conectadas ou ao Reino Unido em si, ou até à Nova Zelândia ou Austrália.
Os deveres reais de um chefe de estado
Para entender melhor a situação na prática desses muitos territórios que ainda mantém Elizabeth II como chefe de estado, é importante entender quais são seus deveres nessa posição - e o que ela deixará de fazer, portanto, em países que decidem destituí-la desse cargo, como Barbados.
Uma de suas funções mais importantes é nomear políticos como ministros e embaixadores, além de condecorar governadores gerais quando esses ocupam sua posição. Além disso, a monarca britânica ainda precisa dar seu consentimento real antes que leis sejam implementadas.
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