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Matérias / Crimes

O triste caso da gamer morta por um jogador suspeito do crime

No dia 22 de fevereiro de 2021, a jovem Ingrid Oliveira, a Sol, não voltou para casa. Era o início de um pesadelo interminável

Pamela Malva Publicado em 27/02/2021, às 11h00

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Foto de Ingrid Oliveira, a jovem vítima de 19 anos - Divulgação
Foto de Ingrid Oliveira, a jovem vítima de 19 anos - Divulgação

Em meados de 2020, a Sioux Group publicou a mais recente Pesquisa Game Brasil (PGB). No estudo, o grupo analisou o cenário brasileiro de videogames, pontuando o perfil dos jogadores e quais são as plataformas mais adoradas pelos gamers.

Realizado com 5.830 pessoas, a nova pesquisa revelou que cerca de 73,4% dos brasileiros jogam games eletrônicos. De todos os players, 53,8% são mulheres — dado que reflete o aumento constante do público feminino no universo dos videogames.

Mesmo compondo a maioria entre os jogadores, contudo, as mulheres gamers continuam sofrendo todo tipo de represália nas comunidades online. Da invalidação de suas habilidades, até o assédio, as violências podem chegar a níveis inimagináveis.

Conhecida como Sol na comunidade de Call Of Duty: Mobile, a jovem Ingrid Oliveira Bueno da Silva, de 19 anos, tornou-se mais uma vítima desse sistema. Em fevereiro de 2021, ela foi visitar um jogador que pensava ser seu amigo, mas nunca voltou para casa.

Imagem meramente ilustrativa de garota jogando videogame / Crédito: Divulgação/Unsplash

Uma carreira promissora

Adepta do cosplay — arte de vestir-se como um personagem da comunidade geek —, Ingrid tem foto com uma peruca colorida e curiosas lentes de contato. Aos 19 anos, a garota estava conquistando seu espaço na internet.

Muito além da paixão por animações, a jovem também adorava jogar videogames. Com enormes habilidades, ela chegou a entrar para a equipe feminina do time FBI E-Sports, onde criou amigos e mostrou que era capaz de dominar o universo online.

Segundo revelou a equipe da jovem, Ingrid “era uma excelente jogadora, uma pessoa extraordinária”. Tamanha luz, contudo, foi apagada quando GuilhermeAlvesCosta, de 18 anos, entrou na equação e se tornou suspeito de um crime hediondo.

Inocência de uma estrela

Conhecido na comunidade gamer como Flashlight, Guilherme é reservado. Membro do time Gamers Elite, ele nunca foi visto por nenhum moderador da equipe e a interação com outros players sempre foi online, segundo nota publicada pelo próprio time.

Há cerca de um mês, no entanto, ele começou a conversar com Sol. Conversando pela internet, os dois jogadores tornaram-se colegas e marcaram de se encontrar pela primeira vez na casa do garoto, em Pirituba, Zona Norte de São Paulo, segundo o G1.

No dia 22 de fevereiro de 2021, então, de acordo com o Correio do Povo, Ingrid pediu uma folga no trabalho e avisou o ex-namorado que iria na casa de um novo colega. Essa foi a última informação que amigos e familiares tiveram da jovem.

Cenário impiedoso

Na tarde daquela segunda-feira, o irmão de Guilherme chegou em casa depois de seus compromissos e se deparou com uma cena grotesca. No quarto de Guilherme, Sol estava completamente desacordada, com diversas facadas espalhadas por seu corpo.

Sem saber o que fazer, o jovem, cuja identidade não foi revelada, decidiu chamar a polícia. Ao mesmo tempo, membros da Gamers Elite ficaram indignados com uma sequência de mensagens que receberam de Guilherme em um grupo.

Nos textos enviados pelo jogador, ele não apenas assumiu o homicídio, como ainda enviou vídeos e imagens do corpo de sua vítima. Com fotos de Sol morta em seu celular, o moderador da equipe também acionou os oficiais, segundo a Jovem Pan.

Guilherme ainda deixou claro que escreveu um livro sobre o homicídio. Em 52 páginas, segundo o próprio jogador, ele explicou todas as circusntâncias do assassinato. Agora, a polícia irá analisar o diário, a fim de descobrir a real motivação do crime — que, segundo a promotoria, foi cometido com a ajuda de uma espada.

Sanidade mental estável

Tendo cometido o crime, Guilherme tentou fugir, mas acabou sendo encontrado pela família. Aos parentes, ele disse que iria cometer suicídio, mas foi dissuadido pelo irmão. 30 minutos depois do assassinato, o jogador se apresentou na delegacia.

Durante seu testemunho, de acordo com a ESPN, Flashlight afirmou que planejava o assassinato há semanas. “Minha sanidade mental está completamente apta”, disse o jogador acusado, no momento de sua prisão. “Eu quis fazer isso.”

Sem demonstrar qualquer remorso, Guilherme foi considerado uma ameaça para a sociedade pela juíza Gabriela Bertolli e acabou sendo detido. Em seguida, o Ministério Público emitiu um parecer favorável para a prisão preventiva do suspeito.

Agora, Flashlight será ouvido pelas autoridades e por psicólogos forenses. Tanto seu celular, quanto o suposto livro que Guilherme escreveu foram apreendidos pela polícia. São duas provas que podem trazer justiça à prematura morte de Ingrid, a bela Sol.


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