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Matérias / Crimes

'Por que você me matou?': o bizarro caso Crystal Theobald

Em 2006, uma jovem americana foi morta cruelmente, instigando sua mãe a caçar os culpados em uma busca que durou uma década

Alana Sousa Publicado em 27/04/2021, às 17h45

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Cena do documentário Por que você me matou?  (2021) - Divulgação/Netflix
Cena do documentário Por que você me matou? (2021) - Divulgação/Netflix

Entrando para a lista de documentários originais da plataforma de streaming Netflix, ‘Por que você me matou?’, dirigido e produzido por Fredrick Munk, apresenta um dos crimes americanos de maior repercussão e comoção mundial. 

Embora contenha poucas imagens de arquivo pessoal, o longa foca nos detalhes do assassinato e na busca incansável de uma mãe por Justiça. A produção estreou em 14 de abril de 2021 e está disponível no Brasil, com uma história eletrizante em 83 minutos de duração. 

A morte sem explicação 

Crystal Theobald tinha apenas 24 anos de idade na época do crime, tentando sobreviver para criar seus dois filhos pequenos. Em 24 de fevereiro de 2006, a jovem foi encontrada morta dentro de seu carro, no qual também estavam presentes seu irmão Justin Theobald, e seu namorado Juan Patlan

O caso, que aconteceu na cidade americana de Arlanza, Califórnia, desde o início apresentou mistérios que pareciam inexplicáveis, como: por que a única pessoa morta naquela noite foi Crystal? A cena do crime, o carro alvejado de disparos, nada oferecia de evidências suficientes para que os responsáveis fossem localizados. 

A polícia se mostrava cada vez mais perdida, sem saber ao certo qual rumo seguir. A região era conhecida pela violência e pela presença de gangues perigosas, o que para as autoridades explicariam a morte de Theobald. Ela seria uma mulher no lugar errado e na hora errada. 

Belinda Lane, a mãe da vítima / Crédito: Divulgação/Netflix

Entretanto, para a mãe de CrystalBelinda Lane, a explicação não era plausível. A americana decidiu então, por conta própria, investigar a execução brutal de sua filha. Sem recursos, apoio financeiro ou equipamentos especializados, a mulher buscou informações na rede social que bombava na época: o MySpace. 

Uma busca incansável 

Lane estava em um veículo próximo quando a vítima foi assassinada. Presenciando a cena, Belinda acreditava que o alvo estava bem claro para os criminosos, mas a motivação ainda era um enigma a ser desvendado. 

Contando com a ajuda da sobrinha Jamie, elas criaram no MySpace um perfil falso utilizando a foto da falecida Crystal, e a nomearam de ‘Angel’, em tradução para o português: ‘anjo’. Aos poucos, pistas foram aparecendo, e se passando pela vítima, a dupla conversava com pessoas que eram consideradas suspeitas. 

Jamie, fingindo ser Theobald, conseguiu informações importantes, que foram diretamente passadas para a polícia. Ainda assim, Belinda sentia que tinha que fazer Justiça e não parou de procurar até encontrar o verdadeiro culpado. 

Cena do documentário Por que você me matou? (2021) / Crédito: Divulgação/Netflix

A busca durou anos, até que alguns membros de uma gangue chamada 5150 afirmaram que sabiam quem havia matado a jovem. Na produção da Netflix, Manuel Lemus reafirmou que ouviu um dos homens instigando uma briga com uma gangue rival, chamada MD. Julio “Lil Huero” Heredia teria sido o responsável pelos disparos fatais que levaram Theobald a óbito dois dias depois do ataque. 

Os culpados enfrentam a Justiça

Assim, a primeira pessoa a ser encontrada foi Heredia. O criminoso explicou o que estava por trás do ataque contra Crystal, afirmando que sua gangue estava perseguindo um automóvel semelhante ao que a jovem estava, mas em algum momento perderam-no de vista. Ao chegar perto do carro de Theobald, eles abriram fogo sem nem mesmo saberem com certeza de que o alvo certo se encontrava lá. 

Em 2011, Julio foi condenado à prisão perpétua sem chance de liberdade condicional. O assassino escapou da pena de morte graças à Belinda, que na ocasião rejeitou a sentença acreditando que era a coisa certa a se fazer. 

Embora um dos responsáveis tenha sido capturado, outro permanecia a solta — mesmo que seu nome fosse conhecido. Ele era o motorista que dirigia o carro da gangue. A polícia procurava em todos os lugares, mas não havia sinal de William Sotelo

Lane em cena do documentário Por que você me matou? (2021) / Crédito: Divulgação/Netflix

O homem se desligou do MySpace logo que soube que Lane estava a sua procura, limpando todos os seus rastros. Apenas uma década depois da fatídica noite que Sotelo foi localizado, no México, onde vivia com a esposa e os filhos. 

Em 2016, William foi acusado e levado a julgamento. A sentença veio em 2020, quando ele aceitou um acordo da Justiça e se declarou culpado por homicídio culposo; ele recebeu uma pena de 22 anos de prisão. 

As autoridades americanas, apesar de reconhecerem que Belinda por vezes colocou sua vida em risco, quando tentou contatar familiares de Sotelo, foi indispensável para que os responsáveis fossem pegos. 

“Ela foi muito útil, trabalhando nas redes sociais para nos ajudar a identificar onde ele poderia estar. Ela forneceu informações importantes que nos ajudaram na captura de Sotelo”, disse um porta-voz da polícia em fala repercutida pelo Canal Tech. 

Somente dez anos após a morte da filha, Belinda Lane encontrou o sossego em saber que, ainda que tardia, a Justiça foi feita, e ela poderia finalmente descansar em paz. 


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