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Matérias / Esporte

Por que a bandeira da Rússia e o hino não foram exibidos nas Olimpíadas?

Para entender a delicada situação do país, é preciso voltar para o ano de 2019, quando autoridades russas foram parar nas manchetes

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/07/2021, às 21h12

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Fotografia mostrando time de ginástica russo após ganhar o ouro - Getty Images
Fotografia mostrando time de ginástica russo após ganhar o ouro - Getty Images

Na última sexta-feira, 23, tiveram início as Olimpíadas de Tokyo 2021, que foram adiadas por cerca de um ano por conta da pandemia de Covid-19, que forçou o cancelamento de todos os grandes eventos para que se pudesse conter a disseminação do vírus. 

Os aguardados jogos têm sido acompanhados de perto pelo mundo, e algumas peculiaridades relativas às equipes russas têm chamado a atenção de alguns. 

A despeito de sua nacionalidade, por exemplo, os atletas não estão competindo por seu país de origem, e quando ganham medalhas não é tocado o hino nacional da Rússia, e sim uma melodia do compositor clássicoTchaikovski, conforme repercutido pelo G1 na última segunda-feira, 26. 

Escândalo de 2019

O motivo é que o país foi banido de participar em qualquer das modalidades dos Jogos Olímpicos e outros eventos esportivos de grande calibre até o ano de 2023. 

A severa punição veio como resultado da Agência Mundial Antidoping (WADA) ter descoberto em 2019 que o laboratório antidoping de Moscou havia falsificado documentos para encobrir jogadores russos que faziam uso de substâncias para melhorarem suas performances durante os esportes que praticavam. 

“Por muito tempo o doping russo prejudicou o esporte limpo (...) A Rússia teve a oportunidade de colocar sua casa em ordem e voltar a se juntar à comunidade internacional antidoping para o bem de seus atletas e a integridade do esporte, mas optou por continuar na sua posição de fraude e negação”, afirmou o presidente da instituição internacional, Craig Reedie, em uma nota publicada à imprensa.

Exceção 

“Como resultado, o Comitê Executivo da WADA respondeu nos termos mais fortes possíveis, protegendo o direito dos atletas russos, que podem provar que eles não estavam envolvidos e não se beneficiaram desses atos fraudulentos”, continuava um outro trecho da mensagem.

Essa brecha para que os jogadores do país que não estavam ligados ao escândalo de doping pudessem competir nos eventos esportivos para os quais vinham se preparando foi de fato usada durante os torneios de 2021. 

Dessa forma, equipes da Rússia que estão participando das Olimpíadas de Tokyo passaram por rigorosos testes para ter a chance de competir, e estão ganhando medalhas não por sua nação, mas pelo Comitê Olímpico da Rússia (ROC), que é considerada uma instituição neutra.  

Assim, quando os atletas russos sobem ao pódio, é a bandeira improvisada do ROC que está exposta — a mesma presente em seus uniformes, inclusive. Ela possui os cinco aros que simbolizam as olimpíadas, e também conta com as mesmas cores presentes na bandeira do país em si. 

Imagem mostrando bandeira do ROC / Crédito: Divulgação/ Olympics Oficial

Outra adaptação é a música tocada, que é um excerto da obra clássica “Concerto para piano e orquestra nº 1”. Esses elementos provavelmente voltarão a aparecer caso jogadores da Rússia tenham vitórias nas Olimpíadas de Inverno de Pequim, que estão previstas para o ano que vem. É apenas depois disso que a punição estabelecida pela WADA chega ao fim. 

Uma curiosidade é que foi produzido um documentário que acabou acompanhando o escândalo de doping do país de perto, um processo que ocorreu de maneira quase acidental, segundo repercutido pela Folha de São Paulo.

Isso pois a produção, que se chama “Ícaro”, já estava em andamento quando o caso veio a público, fazendo com que o tema e o tom das gravações dessem uma repentina guinada em uma direção diferente. 

Imagem do documentário "ícaro" / Crédito: Divulgação/ Netflix 


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