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Matérias / OVNIs

Uma semana depois: O que foi divulgado sobre os objetos voadores não identificados

EUA e Canadá derrubaram objetos voadores nos últimos dias, e os eventos têm causado um misto de pânico e curiosidade na população

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 18/02/2023, às 17h00

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Imagem meramente ilustrativa - Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Pixabay

Caças da Força Aérea dos Estados Unidos derrubaram quatro objetos voadores não identificados desde o começo do mês. Não, não é campanha para o Oscar do filme “Top Gun: Maverick”: as operações são reais, mas ninguém sabe muito bem o que são esses óvnis. Muitos levantaram a ideia de uma invasão alienígena, mas os dados divulgados não apontam para isso.

O último dos óvnis a ser derrubado por um caça norte-americano foi atingido no domingo, 12. Ele caiu no lago Huron, um dos cinco Grandes Lagos que fazem a fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá. Dos quatro óvnis derrubados no mês, três estavam em espaço aéreo estadunidense e um sobrevoava Yukon, uma província do norte canadense.

O que é um óvni

A última semana foi marcada por muitas conversas e suposições envolvendo alienígenas. A palavra “óvni”, é verdade, está muito ligada, no imaginário popular, a criaturas extraterrestres.

Mas um óvni não é configura apenas uma 'espaçonave alienígena'. Na verdade, óvni significa qualquer “objeto voador não identificado”, como no caso daqueles que foram derrubados do céu nos últimos dias. Balões e aeronaves comuns podem ser óvnis tanto quanto naves espaciais.

O astrônomo Marcelo de Cicco, em entrevista exclusiva ao UOL, disse que a ideia de uma invasão alienígena é “histeria coletiva” e “200% descartável”. O general Glen VanHerck chegou a deixar a possibilidade em aberto, mas as falas da Casa Branca demonstram que essa não é a hipótese preferida.

O óvni do dia 12 não era tripulado, tinha formato octogonal e foi descrito pelo general Glen VanHerck, chefe do Comandante de Defesa Aeroespacial, como algo que não configuraria uma ameaça militar. A ordem de derrubada dada pelo presidente do país, Joe Biden, teria relação com o fato de que o Pentágono afirmou que o objeto, que voava a uma altitude de 6,1 mil metros, poderia interferir no tráfego aéreo comercial dos EUA.

A especulação sobre o que seriam os objetos voadores não identificados tem se intensificado entre a população geral. Diversos memes e posts sobre o assunto foram produzidos nos últimos dias, indo desde o pânico até a curiosidade tranquila. Alguns dos internautas chegaram a brincar dizendo que os óvnis eram alienígenas que vieram ver o show da Rihanna no Super Bowl, que aconteceu no último domingo, 12. 

Balão espião chinês

O primeiro incidente aconteceu no dia 4 de fevereiro, quando um balão chinês foi abatido no estado da Carolina do Sul, depois de já ter sobrevoado os EUA por dias. Segundo a BBC, as autoridades norte-americanas declararam que o objeto era um artefato “espião” e que havia sido usado para vigilância.

A China negou que o objeto estivesse sendo usado para espionagem, afirmando que era um balão meteorológico que se desviou da sua rota. O incidente acirrou o já acirrado relacionamento da potência asiática com os Estados Unidos. Desde a derrubada do balão, os aviões militares dos EUA derrubaram mais 3 óvnis.

O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que é importante deixar claro a diferença entre o balão chinês e os óvnis abatidos depois dele, já que não se sabe muito sobre a origem deles, portanto, não pode se afirmar se teriam algum propósito espião.

Balão chinês sendo recuperado da costa da Carolina do Sul - Handout / Getty Images

O presidente dos EUA Joe Biden disse que, depois do incidente com o balão chinês, os radares de vigilância do país foram reajustados para que conseguissem identificar objetos que se movem de maneira mais lenta pelo céu.

Essa mudança nos radares pode ter influenciado no fato das forças militares norte-americanas terem encontrado os outros três óvnis, que já estariam lá antes, mas teriam sido identificados agora.

E os outros três?

Tanto Estados Unidos quanto Canadá não tem informações muito precisas sobre os outros três óvnis derrubados no mês. Os objetos estariam voando em uma faixa entre 6 mil e 12 mil metros de altura. Enquanto o balão chinês estava sendo controlado e manobrado de maneira clara, esses outros óvnis não tinham sistema de propulsão e se movimentavam de maneira mais errante.

No dia 10 de fevereiro, uma sexta-feira, os EUA derrubaram um objeto voador não identificado que sobrevoava o norte do Alasca. Ele não tinha sistema de propulsão ou de controle, mas foi derrubado do céu por um caça norte-americano.

Um dia depois, no sábado, um caça estadunidense abateu outro óvni, esse sobre o território canadense de Yukon, a uma distância de 160 km da fronteira mais próxima dos EUA. O último objeto voador a aparecer foi abatido no domingo, 12.

Os óvnis eram muito diferentes em tamanho e forma do balão chinês. O primeiro a ser abatido tinha “o tamanho de um carro pequeno”, enquanto o balão tinha 60 metros de altura. O segundo tinha aspecto “cilíndrico”, já o terceiro era “octogonal”. 

Por que não recuperaram

Por que as dúvidas sobre os três óvnis está persistindo tanto? Dois deles foram abatidos no Alasca e em Yukon, regiões altamente congeladas, então os destroços ainda não conseguiram ser recuperados.

O outro, derrubado em cima do lago Huron, teve seus destroços despejados no enorme lago, que chega à profundidade máxima de 229 metros, o que também dificulta a pesquisa e identificação do objeto voador.

Os Estados Unidos e o Canadácontinuam trabalhando para recuperar os destroços. A teoria mais aceita na Casa Branca hoje é a de que os três óvnis tivessem motivos comerciais e financeiros, providenciando dados e pesquisas para empresas privadas.

Outros avistamentos

Nas últimas semanas, a Força Aérea da Colômbia avistou um balão que talvez tenha viajado por vários países da América Latina. O avistamento de novos objetos voadores tem aumentado nos últimos anos, segundo relatório das forças militares dos EUA.