Apesar da influência, algumas famílias não escaparam de grandes catástrofes, o que, inclusive, renderam o estigma de sempre serem vítimas de tragédias
Fabio Previdelli Publicado em 02/08/2020, às 09h00
Monarcas, magnatas, ricaços e políticos: ao longo dos anos diversas famílias estiveram a frente de grandes momentos históricos. Entretanto, apesar da influência, elas não escaparam de grandes catástrofes, o que, inclusive, lhe renderam o estigma de serem amaldiçoadas.
Conheça cinco famílias marcadas por tragédias.
1. Os Johnsons
Os irmãos Robert, James e Edward criaram um verdadeiro império a frente da farmacêutica Johnson & Johnson, companhia que segue firme atuando em seu terceiro século. Em 2018, a empresa foi considerada a 37ª mais bem avaliada pela Fortune 500.
Entretanto, após o falecimento de seus fundadores, uma série de infortúnios gerou diversos problemas na gestão da empresa. De início, Robert Wood Johnson III e seu pai, o General Johnson, travaram uma disputa judicial para comandarem a empresa. Porém, isso não durou muito, já que ambos morreram de câncer.
A série de tragédias ainda passou por gerações mais recentes da família, culminando na morte de Casey Johnson, uma das melhores amigas de Paris Hilton, que morreu após complicações em decorrência da diabetes, por falta de insulina, com apenas 30 anos de idade. Antes dela, outros quatro Johnson encararam situações de pouca sorte ou morreram de maneira trágica.
2. Os Von Erich
Von Erich é um dos sobrenomes mais conhecidos no nicho da luta livre dos Estados Unidos. Originários do Texas, o sobrenome original da família é Adkisson, mas por conta da profissão acabaram adotando outra alcunha.
Apesar do destaque que tinham no esporte, os Von Erich passaram a chamar mais atenção ainda pela série de eventos bizarros que os permearam. A primeira vítima da maldição foi o percursor da família na luta livre, Fritz Von Erich, que faleceu em 1997 em decorrência de um câncer no pulmão que se alastrou para o seu cérebro.
Antes disso, o primeiro filho de Fritz, Jack, morreu prematuramente aos seis anos. Já o descendente de seu terceiro filho, David, também teve um destino parecido e pereceu em idade terna. Já David, por sua vez, também morreu estranhamente, de enterite aguda, segundo a autópsia, no entanto, pessoas mais próximas, acreditam que ele tenha sofrido uma overdose de drogas. A maldição ainda atingiu Kerry e Chris, que se suicidaram e Mike, que foi encontrado morto, após sofrer uma overdose de tranquilizantes.
3. Os Getty
O clã de ascendência escocesa-irlandesa se colocou com um dos grandes nomes da indústria petroleira dos Estados Unidos no século 20. Entretanto, além do dinheiro, a linhagem também ficou marcada por escândalos, episódios de violência e mortes controversas.
Tudo parece começar com a morte de George Franklin Getty — um dos fundadores da Getty Oil Company —, que faleceu em decorrência da idade em 1930. Porém, após ele, seu neto Timothy Getty, filho de Jean Paul, pereceu após não resistir a uma cirurgia no cérebro quando tinha 12 anos.
Anos mais tarde, outros episódios envolvendo os netos de George Franklin abalaram ainda mais a família: George II, que morreu em decorrência de uma overdose e John Paul Getty III, que foi sequestrado pela máfia e torturado por dias e teve um pedaço da orelha arrancado como parte da prova do sequestro. Viciado em drogas, ele morreu mais tarde, em 1981, sendo que um derrame já o havia deixado paraplégico, mudo e parcialmente cego. Até então, esse é o último óbito bizarro relacionado aos Getty.
4. Os Bragança
Em certa ocasião, o Duque de Bragança, o regente português dom João IV, expulsou aos tapas e pontapés um frade que lhe pedia esmola. Porém, mal sabia, mas de acordo com uma lenda, a partir desse momento a família real de Portugal foi amaldiçoada com o castigo de que nenhum primogênito dos Bragança viveria para chegar ao trono.
E assim foi, tudo começou com Teodósio, filho do próprio dom João, que morreu aos 19 anos. A seguinte foi Maria I, que assumiu o trono português por pouco tempo, sendo conhecida como “a Louca”. Já seu filho, dom José morreu, dando lugar a João VI, que por sua vez tentou reverter a maldição visitando mosteiros junto de Carlota Joaquina.
Porém, a tentativa não deu certo, já que perderam o filho Antônio Pio aos 6 anos. Tempos depois, Pedro I perdeu o primogênito, dom Miguel. Já dom Pedro II viu seu filho Afonso morrer com menos de 2 anos. A praga parecia tanta que nenhum de seus filhos ilegítimos escaparam.
Dom Pedro V, por sua vez, tornou-se rei de Portugal aos 16 anos, mas morreu de febre tifoide oito anos depois. A última vítima foi dom Carlos I, assassinado com seu filho dom Luís Filipe em 1908. O crime precipitou o fim da monarquia portuguesa, em 5 de outubro de 1910.
5. Os Kennedy
A mais recente vítima da maldição dos Kennedy foi Maeve Kennedy, sobrinha de JFK, que faleceu após cair de uma canoa na Baía de Chesapeake, em abril desse ano. Porém, a série de infortúnios relacionados a família já vem de longa data, começando com o misterioso, controverso e conspiratório assassinato de John Fitzgerald Kennedy, em 22 de novembro de 1963, que serviu como 35º presidente dos Estados Unidos.
Quase cinco anos depois, seu irmão, Robert Francis Kennedy, também conhecido como RFK, foi assassinado em frente ao Ambassador Hotel, no dia 6 de junho de 1968, enquanto fazia seu discurso após vencer uma decisiva eleição primária na Califórnia, que o colocaria como forte candidato à Casa Branca.
Além dos três já citados, a maldição dos Kennedy já atingiu outros 9 membros do clã: Joseph P. Kennedy Jr, Kathleen Kennedy Cavendish, Patrick Bouvier Kennedy, David Anthony Kennedy, Michael Kennedy, John F. Kennedy Jr, Kara Kennedy, Mary Richardson Kennedy e Saoirse Kennedy Hill.
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