Em 2000, uma expedição recuperou perfumes dos destroços do Titanic, o mais famoso naufrágio da História
Thiago Lincolins Publicado em 28/06/2023, às 18h01 - Atualizado em 30/06/2023, às 10h19
Entre a noite do dia 14 de abril e a madrugada de 15 de abril de 1912, ocorria o mais famoso naufrágio da História no Atlântico Norte. Mais de 1,5 mil pessoas faleceram após a desgraça do navio que chegou a ser descrito como 'inafundável'.
Anos após a tragédia, uma equipe de oceanógrafos encontrou os restos da embarcação em 1º de setembro de 1985. A partir disso muitos artefatos foram recuperados da embarcação pela RMS Titanic Inc., que detinha direitos exclusivos a respeito dos destroços do navio. Um desses itens recuperados, inclusive, carrega uma história curiosa.
Em abril de 2001, a ABC News noticiou que uma expedição realizada nos destroços do Titanic recuperou uma pequena bolsa de couro. Para a surpresa dos pesquisadores, o que estava dentro foi tão surpreendente quanto a bolsa em questão.
"Não sabíamos o que encontramos até atingirmos a superfície", explicou na época Dik Barton, especialista envolvido na expedição. "Mas sabíamos que isso era especial imediatamente quando pegamos a bolsa da cesta de coleta [de artefatos] e a levamos para o laboratório no navio".
A pequena bolsa revelou amostras de perfume, que foram responsáveis por "encher todo o laboratório com perfume eduardiano", explicou o especialista. De tão fascinante, a descoberta também revelou o dono das amostras.
Adolphe Saalfeld, um judeu que nasceu na Alemanha, foi uma das pessoas que embarcou no Titanic. Durante a viagem, ele carregava no peito o sonho de ganhar dinheiro no ramo de perfumes dos Estados Unidos.
No entanto, quando o navio começou a afundar, o desespero fez com que Saalfeld deixasse as amostras de seus perfumes na embarcação ao fugir. Foram quase 89 anos até que a expedição recuperasse as fragrâncias do fundo do Oceano Atlântico.
Além disso, a bolsa não era única. Os pesquisadores encontraram um total de 62 amostras de perfumes com o nome de Saalfeld, de acordo com o Las Vegas Sun. Barton descreveu a fragrância como 'floral, que lembra lavanda e rosas'.
Após a descoberta, as amostras foram levadas para a Quest International, empresa que também atua no ramo de perfumes. Assim, especialistas decompuseram o perfume nos componentes químicos para que a fragrância pudesse ser recriada. A QVC informa que o resultado foi o cativante perfume Legacy 1912.
"Inspirado em essências reais recuperadas do naufrágio do Titanic, Legacy 1912 eau de parfum envolve você com a fragrância delicada de limão e nerolis, ao lado de rosa ruborizada e âmbar quente e transparente", detalha o site ao descrever o perfume.
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