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Museu de Esportes Mané Garrincha

Em pleno Maracanã, acervo não se limita ao futebol

Isabela Flórido Publicado em 01/07/2007, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

O templo recuperou seu altar. Desde dezembro passado, com a reabertura do Museu de Esportes Mané Garrincha – que atualmente também é chamado de Museu do Futebol por causa de uma mostra do esporte bretão –, o Maracanã voltou a abrigar um espaço destinado a exibir relíquias desportivas. E não somente as da paixão nacional, mas também de outras modalidades. Entre as cerca de 2 mil peças do acervo (todas adquiridas em doações), há troféus, medalhas, selos comemorativos, caricaturas, uniformes, bolas de futebol e luvas de boxe. Pequenas jóias dos momentos de glória de diversos atletas brasileiros.

A trajetória do museu, um espaço de 2,3 mil metros quadrados com imponentes torres de vidro, é recheada de altos e baixos, sempre atrelada a questões políticas. Em sua inauguração, em 1974, ele recebeu o nome do então presidente Emílio Garrastazu Médici. Quase 20 anos depois, em 1993, o museu ganhou o nome que tem hoje. Em 1999, foi desativado para dar lugar a um centro de imprensa para o Mundial de Clubes do ano seguinte. Três anos depois, no governo Anthony Garotinho, houve outra reinauguração – mas as portas não ficaram abertas por muito tempo. Finalmente, nessa última reabertura (a quarta!), o museu – que tem entrada gratuita – se tornou mais uma atração do Maracanã, no Rio de Janeiro, que será o centro das atenções do mundo esportivo no mês de julho, durante os Jogos Pan-Americanos.

1. DAMA DA PISCINA

A medalha mostra por que Maria Lenk, morta em abril aos 92 anos, foi a maior nadadora do Brasil. Em outubro de 1939, a primeira brasileira a participar de uma Olimpíada – em Los Angeles, sete anos antes – bateu o recorde mundial do estilo peito, façanha que nenhuma outra nadadora do país conseguiu repetir.

2. BILHETE DE COPA

Um ingresso do jogo Brasil x Espanha, no Maraca, pela Copa de 1950, está entre as relíquias do museu. É a lembrança de uma das maiores goleadas da seleção: um sonoro 7 a 2. A torcida brasileira, para comemorar, saiu às ruas cantando a música Touradas em Madri.

3. ROUPA DE GÊNIO

O futebol alegre e os dribles geniais de Mané Garrincha atingiram seu auge na Copa do Mundo de 1962, no Chile. Com este uniforme, o jogador ajudou o Brasil a conquistar o bicampeonato e ainda seria considerado um dos craques da competição.

4. GOL MIL

Os aficionados por futebol podem ver de perto a bola do milésimo gol de Pelé – um pênalti convertido sobre o goleiro argentino Andrada na vitória do Santos sobre o Vasco por 2 a 1, no Maracanã, em 1969. A bola, de couro, foi fabricada pela Superball e é toda costurada a mão. A rede do gol também está no museu.

5. SELINHO DE ARTISTA

Impresso pela Casa da Moeda, na década de 1950, este selo foi desenhado por um dos nossos mais importantes pintores, José Cândido Portinari. Ele foi encomendado para o artista em função dos VII Jogos Infantis de Ginástica Olímpica, realizados no Maracanã.

6. DITO E FEITO

Torneio Rio-São Paulo, 1961. Pelé domina a bola e atravessa o campo, deixando seis jogadores do Fluminense para trás e marcando um gol antológico para o Santos. O então jovem cronista esportivo Joelmir Beting sugeriu que uma placa fosse encomendada para eternizar o feito. Nasceu aí a expressão “gol de placa”.

7. BANDEIRINHA

Esta flâmula de seda certamente foi uma das muitas tremuladas na partida inaugural do Estádio Mário Filho, o Maracanã. Construído para sediar a Copa de 1950, ele foi inaugurado em 16 de junho daquele ano para um amistoso entre as seleções do Rio e de São Paulo. Vitória dos paulistas por 3 a 1.

8. GALO DE OURO

Éder Jofre, o maior boxeador brasileiro de todos os tempos, usou estas luvas quando conquistou o título de campeão mundial em 1973 na categoria peso pena. Elas foram doadas, na inauguração do museu, pelo então presidente Emílio Garrastazu Médici, que as ganhara do próprio pugilista.

9. CARICATURAs INSPIRADA I

O desenhista Otelo Caçador homenageou, na década de 1950, alguns grandes jogadores da época, como o zagueiro Bellini, do Vasco da Gama, e um dos maiores ídolos do Botafogo, Nilton Santos. Nas caricaturas, Caçador usou a técnica de nanquim sobre papel.

10. CARICATURAS INSPIRADAs II

Na década de 1920, os craques do futebol já eram “vítimas” de artistas talentosos e irreverentes como Leite. Com nariz avantajado, o jogador Baby, do Botafogo, não escapou dos traços do desenhista, que usou nanquim-aquarela sobre papel como técnica. A caricatura mede 23 x 14 centímetros.

Saiba mais

www.cultura.rj.gov.br/webmuseu/me.htm