Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Piratas

Da prancha aos tesouros: 5 mitos sobre os piratas

De personagens históricos a protagonistas de filmes, entenda o que é fato e o que é ficção na história dos piratas

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 22/04/2023, às 16h00 - Atualizado em 29/06/2023, às 15h50

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
"O Pirata", pintura de Arthur David McCormick - Domínio Público/Arthur David McCormick
"O Pirata", pintura de Arthur David McCormick - Domínio Público/Arthur David McCormick

Os piratas são aqueles que saem pelos oceanos para promover saques e pilhagens, enriquecendo de maneira criminosa. Eles existem até hoje, porém, a imagem que a sociedade tem dos ladrões do mar está baseada em um estereótipo do início do período moderno.

A Época Dourada da Pirataria ocorreu entre 1650 e 1730, e foi um período onde ocorreram três grandes explosões separadas da atividade pirata, que acontecia desde a Jamaica e as Bermudas até o Mar Vermelho e o Oceano Índico. Foram os criminosos dessa era que inspiraram as figuras que vemos hoje na cultura popular, como na série de filmes "Piratas do Caribe".

A visão que temos dos piratas dos séculos 17 e 18 são muitas vezes baseadas na ficção, e não nos fatos. Aqui, o portal Aventuras na História vai te ajudar a desmistificar algumas das histórias sobre os piratas.

1. Piratas não diziam "arrrgh!"

Talvez, um ou outro pirata da Era de Ouro gostasse de usar essa interjeição interessante, mas a verdade é que não há nenhuma evidência de que os ladrões do mar falassem "arrrgh". Segundo a revista Mental Floss, historiadores e especialistas na área acreditam que os piratas falassem como qualquer outro marinheiro do século 17.

Essa expressão pode ter sido popularizada após um filme da Disney lançado em 1950, "A Ilha do Tesouro". Nessa adaptação do livro de mesmo nome de Robert Louis Stevenson, os artistas inventaram expressões e interjeições que hoje associamos instantaneamente aos piratas, como o famoso "arrrgh".


2. Sempre enterravam tesouros

Aqui está outro mito que continuou durante séculos por causa de sua presença em obras populares de ficção. A maioria dos piratas não abandonaria seus tesouros, nem que fosse no melhor esconderijo do mundo, mas um deles fez isso: William Kidd.

Origem do mito do tesouro escondido, a história de Kidd não deu muito certo para ele. Depois que as autoridades coloniais encontraram o 'tesouro' em Long Island, no estado de Nova York, usaram como evidência para condenar o pirata por roubo.

"Piratas", por Arthur David McCormick, retratando um deque de navio - Domínio Público/Arthur David McCormick


3. Inimigos na prancha?

O castigo típico dos piratas que vemos em filmes e livros, mandando os inimigos "andarem na prancha" do navio para cair no mar, era bem raro. E, se chegasse a acontecer, possivelmente não seria uma decisão autocrática do capitão.

Por incrível que pareça, as tripulações piratas eram democráticas e, segundo a revista online Mental Floss, havia uma votação para decidir o que acontecia com um traidor.


4. Só navios enormes?

A concepção comum de um navio pirata é uma embarcação enorme repleta de pessoas, mas essa era a realidade de só alguns capitães, como o famoso Barba Negra. Muitas das embarcações eram pequenas, mas isso não representava exatamente uma desvantagem: navios menores são mais rápidos e proporcionam menor dificuldade para navegar em águas rasas, perto da terra, onde aconteciam os saques.


5. Todos eram bárbaros

Os piratas são vistos na cultura popular como homens mal-educados, bárbaros e preconceituosos. Porém, quando se analisam as tripulações dos barcos em comparação com as sociedades dos séculos 17 e 18, esse não é o caso. 

Segundo o portal Mental Floss, entre os piratas havia um tipo de relacionamento conhecido como "matelotage", que funcionava como uma forma de união civil entre pessoas do mesmo sexo. Às vezes, os parceiros nessas uniões poderiam ser herdeiros um do outro.

Além disso, muitas tripulações piratas ajudaram pessoas escravizadas a fugir de suas condições de vida injustas. No caso do pirata Barba Negra, parte de seus companheiros de navegação eram pessoas negras.