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Curiosidades / Circo Máximo

600 anos antes do Coliseu: O 'Circo Máximo' em 5 curiosidades

Construído 600 anos antes do Coliseu, "charretódromo' divertiu romanos por dez séculos

Mariana Nadai Publicado em 24/12/2022, às 00h00 - Atualizado em 28/12/2022, às 13h31

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Maquete do Circo Máximo - Pascal Radigue via Wikimedia Commons
Maquete do Circo Máximo - Pascal Radigue via Wikimedia Commons

Erguido pelo quinto rei de Roma, Tarquínio Prisco, no século 6 a.C., o Circo Máximo
ainda é a maior arena do mundo já construída em capacidade de público. Depois de passar por reformas, sua capacidade chegou a mais de 300 mil espectadores — o que o torna duas vezes maior que o Estádio Rungrado May Day, localizado em Pyongyang, na Coreia do Norte, que pode abrigar 150 mil pessoas e é considerado atualmente o maior estádio do mundo.

O Autódromo de Indianápolis, nos EUA, onde anualmente é disputada a famosa prova
das 500 Milhas, tem capacidade para 257 mil espectadores. Entre os espetáculos do Circo Máximo, o mais popular eram as corridas, de bigas ou quadrigas — também ocorriam lutas de gladiadores e apresentação de animais exóticos.

Construído entre as colinas de Palatino e Aventino, o Circo Máximo tinha mais de 600 metros de comprimento e 118 metros de largura. Funcionou até o século 5, quando foi abandonado.

Restos remanescentes do Circo Máximo/ Crédito: Wikimedia Commons

Hoje, o que resta da maior arena da história é uma pista coberta de grama — que os atuais romanos usam para fazem cooper ou caminhadas de manhã. Veja 5 curiosidades a respeito do Circo Máximo!

1. Medidas de segurança

Para garantir a segurança dos espectadores, foi construído um fosso, com 3 metros de largura e 10 metros de profundidade, entre a pista e a arquibancada. O imperador Nero aproveitou o buraco e colocou, em toda a extensão, um cano que girava quando pisado, o que impedia os animais de avançarem sobre a plateia.


2. De pedra e madeira

O primeiro Circo Máximo foi feito todo de madeira e acabou parcialmente destruído por
um incêndio. Durante sua reconstrução, no ano 30, os romanos utilizaram concreto
e mármore, para fazer os três andares de assentos, e madeira para a parte mais alta da arena.

No total, o circo passou por cinco restaurações até chegar ao seu tamanho final, 600 x 118 m e mais de 300 mil lugares.


3. Demonstração de poder

No meio da arena, como um canteiro central, encontrava-se a “spina”, que, além de delimitar os dois corredores da pista, era uma representação do poderio romano. O canteiro era decorado com símbolos da conquista do império, como o Obelisco Laterano, o maior de Roma, com mais de 32 m, saqueado do Templo de Amon, em Tebas, no Egito.

Imagem do Circo Máximo no Atlas van Loon (1649)/ Crédito: Domínio Público


4. Fiéis torcedores

A maior parte dos lugares da arena, três andares de arquibancadas, era reservada aos cidadãos comuns, que não pagavam para entrar. O “pulvinar” era a tribuna de honra, onde ficavam as autoridades do império. Em uma das reformas do circo, o imperador Domiciano fez uma ligação direta com o palácio.


5. Indianápolis a.C.

A maior atração era a corrida de bigas, puxadas por dois cavalos, e quadrigas, charretes com quatro animais, pilotadas por pobres querendo enriquecer ou escravizados buscando a liberdade.

Gravura com a vista do Circo ao nível do chão/ Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

A corrida era disputada por quatro equipes, vermelha, branca, azul e verde, e valia tudo pela vitória, até mesmo esmagar o adversário. A biga não ajudava na segurança: feita de madeira, era frágil — e as mortes eram comuns nas corridas.