Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Coronavírus / Pandemia

Coronavírus: Governo usa estudo inconclusivo para validar o uso da cloroquina em pacientes

A pesquisa realizada pela Prevent Senior foi suspensa após a CONEP descobrir que os testes em pacientes foram feitos sem a autorização do órgão

Paola Churchill Publicado em 21/05/2020, às 11h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Teste Coronavírus positivo - Pixabay
Teste Coronavírus positivo - Pixabay

Considerada pelo presidente Jair Bolsonaro como a solução para combater o novo coronavírus, a cloroquina nunca esteve tão em alta na mídia. Contudo, o governo usa um estudo inconclusivo da Prevent Senior para validar o regulamento da medicação.

A pesquisa aparece no documento do Ministério da Saúde, que indica o uso da tanto da cloroquina como da hidroxicloroquina em pacientes com os sintomas iniciais da Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).

O estudo da Prevent Senior que fora utilizado na cartilha acabou sendo suspenso no mês passado, após a CONEP descobrir que os testes feitos em pacientes foram realizados sem antes mesmo da permissão do órgão. Os três médicos responsáveis foram convocados para uma audiência com o objetivo de prestar esclarecimentos.

Jorge Venancio, coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) em entrevista a Folha de São Paulo, falou sobre uma possível fraude "Ao que tudo indica, é uma fraude científica. Sabia que não era uma pesquisa aprovada pela Conep. Falou-se uma mentira aberta. Não é uma coisa dúbia, ambígua. É uma coisa muito mais grave. Tentaram apresentar como pesquisa científica algo que não é pesquisa científica”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não reconhece ainda nenhum medicamento como a cura do novo coronavírus e a eficácia da Cloroquina não foi comprovada em nenhum momento.

O Brasil já é o terceiro país com mais casos da Covid-19, contabilizando 293.357 pessoas infectadas e 18.894 mortos. No mundo todo, mais de cinco milhões de pessoas foram infectadas com a doença e 328.462 cidadãos não resistiram e morreram.