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Desventuras / Reconstrução facial

Esse é o rosto de um homem que foi crucificado na Grã-Bretanha

Encontrado durante escavação em 2017, sujeito de 1,70m e 30 anos viveu entre 130 e 337 d.C.; saiba mais!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 10/01/2024, às 16h37 - Atualizado em 19/01/2024, às 17h58

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Reconstrução facial de homem crucificado na Grã-Bretanha - Divulgação/BBC
Reconstrução facial de homem crucificado na Grã-Bretanha - Divulgação/BBC

O único homem a ter sido crucificado na Grã-Bretanha romana teve seu rosto reconstruído por um especialista. Seu esqueleto foi encontrado durante uma escavação na vila de Fenstanton, em Cambridgeshire, em 2017.

Posteriormente, uma datação por radiocarbono determinou que o sujeito — de cerca de 1,70m e na casa dos 30 anos quando foi morto — viveu entre os anos 130 e 337 d.C.; além disso, ele foi encontrado com um prego de cinco centímetros enfiado no osso de seu calcanhar

Prego no osso do calcanhar do homem/ Crédito: Divulgação/BBC

Um novo documentário que será exibido nesta quarta-feira, 10, pela BBC do Reino Unido, revela detalhes da incrível reconstrução do rosto do homem — que foi feita por um especialista norte-americano que se baseou em dados do DNA e informações forenses obtidas de seus restos mortais. 

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Segundo repercute o Daily Mail, o homem é a segunda vítima de crucificação romana que se tem registro na História; sendo o primeiro descoberto em Israel no ano de 1968. 

A reconstrução

Atuando mais de 20 anos com a polícia para recriar rostos de vítimas de crimes, o professor Joe Mullins, artista forense da Universidade George Mason, na Virgínia, foi responsável pelo trabalho. 

No que diz respeito às informações que obtive para este caso específico, foi realmente fascinante porque basicamente fui capaz de obter tanta ou mais informações para este caso que ocorreu há milhares de anos", disse ao programa. 

A única questão que ficou pendente na descoberta é o motivo pelo qual o sujeito foi vítima de crucificação. Sabe-se que, para alguns casos, a crucificação era aplicada em penas extremas (que também incluíam queimaduras e envio a feras) aplicadas contra crimes graves — que podem ir desde crimes políticos, como traição ou sedição; até deserção do serviço militar ou violação e alguns tipos de homicídio. 

Vale ressaltar, porém, que aqueles com status mais elevado tendiam a receber penas menos severas; por outro lado, "quase tudo poderia condenar um escravo à crucificação", segundo especialistas ouvidos no documentário.

Osso do crânio do sujeito crucificado/ Crédito: Divulgação/BBC

Em 2021, ao Daily Mail, Corinne Duhig, arqueóloga da Universidade de Cambridge, especulou que o homem de Cambridgeshire "poderia ter sido um escravo e cometido algum crime ou contravenção — um crime que não teria resultado em crucificação se ele fosse de uma posição superior".

"Ele pode ter sido uma pessoa comum local que cometeu um crime grave", acrescentou. "Ou, porque sua cidade provavelmente estava envolvida no fornecimento de materiais e serviços para algum assentamento romano local, ele pode ter sido alguém que ficou do lado errado dos patrões ou intermediários e recebeu uma punição terrível para alertar os outros para se comportarem".