A obra de Edvard Munch se tornou um dos maiores símbolos da arte e possui um detalhe curioso
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 10/09/2023, às 09h00 - Atualizado em 19/09/2023, às 17h52
Com quatro versões, pintadas entre 1893 e 1910, a obra de Edvard Munch, intitulada de ‘O Grito’, se tornou um dos maiores símbolos de artes visuais da história. Mas o que pouco se sabe é que a primeira versão, guardada pelo Museu Nacional da Noruega, possui um detalhe curioso em seu canto superior esquerdo.
É quase imperceptível, e durante anos muitos historiadores acreditaram que a observação tivesse sido feita por algum vândalo ao invés de um artista, entretanto, estudos recentes indicam que quem deixou a mensagem foi deixada lá pelo próprio artista. Os pesquisadores do museu utilizaram uma câmera infravermelha para tirarem diferentes fotos da obra. A informação fora repercutida em 2021.
Essa seria, de acordo com a Super Interessante, uma maneira de destacar a tal mensagem para poderem investigá-la mais de perto. Além disso, os historiadores compararam a caligrafia da mensagem escrita em grafite com as letras vistas em cartas e diários escritas por Munch.
Os historiadores também cogitaram que um vândalo qualquer tivesse tentado rabiscar uma parte do quadro a fim de se destacar, mas a frase está quase escondida. Alguns eventos que aconteceram no ano da primeira exibição da obra, 1895, sustentam a hipótese de que fora o artista o real escritor daquela pequena e quase oculta frase, o que abriu espaço para críticas.
Foi o ano em que a pintura foi exibida ao público norueguês pela primeira vez na galeria Blomqvist, localizada em Oslo, capital do país. O crítico de arte e diretor do Museu Norueguês de Artes Decorativas e Design, Henrik Grosch, disse que depois da análise de tal obra, “não se poderia mais considerar Munch um homem sério com um cérebro normal”.
A então descoberta foi feita ao perceberem a seguinte frase no canto superior esquerdo da tela, em que diz: “Só pode ter sido pintado por um louco!”. Exatamente por isso, os pesquisadores pensaram que poderia ter sido feita por um vândalo, já que seria difícil que o próprio artista tenha escrito aquilo sobre si mesmo. Mas foi o que ocorreu.
O curador do Museu Nacional da Noruega, Mai Britt Guleng, disse, em uma nota: “A inscrição pode ser lida como um comentário irônico, mas ao mesmo tempo como uma expressão da vulnerabilidade do artista. Escrever na pintura acabada mostra que criar para Munch foi um processo contínuo".
Ainda falando em História da Arte, no podcast 'Desventuras', o professor e historiador Vitor Soares relembra a história por trás da obra 'Noite Estrelada', do ilustre Van Gogh. Confira abaixo!
