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Como aconteceram as invasões de Júlio César à Grã Bretanha?

Relatos foram feitos por Júlio César em 'Comentários de Bello Gallico'

Fabiano de Abreu* Publicado em 18/01/2022, às 12h11

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Ilustração de Júlio César - GDJ, via Pixabay
Ilustração de Júlio César - GDJ, via Pixabay

Nem todos sabem que antes de começar a conquistar a Grã-Bretanha em 43 D.C, os romanos já vinham de duas campanhas expedicionárias em 55 A.C e 54 A.C sob o comando de Caio Júlio César. Para os romanos, a Grã Bretanha era retratada como uma ilha mítica que se localizaria no limite do mundo conhecido.

A maioria das informações sobre tais expedições vem de um relato escrito pelo próprio Júlio César nos “Comentários de Bello Gallico”, no qual ele afirma que os britânicos estavam apoiando os gauleses e as tribos vizinhas na conquista do da região gaulesa.

Defesas tribais

Ao voltar suas atenções à Grã-Bretanha, César questionou mercadores para conseguir reunir informações sobre possíveis locais para desembarcar na costa sudeste.

Na época, havia uma grande preocupação a respeito das defesas tribais. Por isso, quando Caius Volsenus foi despachado para realizar uma pesquisa de 1 semana na costa, hesitou em desembarcar, já que não queria ‘confiar seu navio aos bárbaros’.

Escultura que representa Júlio César /Crédito: Pixabay

Ao retornar à Gália, os britânicos já haviam sido informados sobre as intenções de César e enviaram diversos embaixadores para oferecer reféns e promessas de submissão.

80 navios de transporte

Foram 80 navios de transporte, porém ao chegar à costa de Dubris, percebeu-se que haveria resistência. Os relatos de César afirmam que ‘ao perceber o desígnio dos romanos, os bárbaros enviaram sua cavalaria e cocheiros, uma classe de guerreiros dos quais é sua prática fazer grande uso em suas batalhas, e seguindo com o resto de suas forças, esforçou-se para evitar que nossos homens pousassem’.

Os navios romanos estavam muito baixo na água para desembarcar as tropas, resultando em soldados tendo que vadear em terra, enquanto carregados por armaduras pesadas, e o tempo todo sendo atacados pelo inimigo.

Surpreendentemente, uma maré anormalmente alta fez com que os navios de guerra encalhados se enchessem de água e naufragou diversos deles. Assim, os embaixadores abordaram César para pedir a paz, para a qual César dobrou o tributo de reféns e zarpou com sua frota de volta ao continente.

Porém, no futuro, César montaria um exército maior e projetaria navios e estratégias que seriam suficientes para lidar com as dificuldades vividas anteriormente. Dessa forma, após embarcarem desimpedidos, nesta segunda expedição, a maioria das forças de resistência seriam apenas para retardar o avanço romano.

Após negociações de rendição, César concordou em receber um tributo anual dos bretões e partiu, sem deixar nenhum soldado romano na Grã-Bretanha.


Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, PhD, neurocientista, mestre psicanalista, biólogo, historiador, antropólogo, com formações também em neuropsicologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica - Diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, UniLogos.