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Notícias / Austrália

Aborígenes australianos processam Papa Francisco por não tomar medidas contra seu abusador

Segundo jornal australiano, essa seria a primeira vez que o tribunal da Austrália poderia punir a instituição Igreja Católica pela irresponsabilidade em penalizar os criminosos

Giovanna de Matteo Publicado em 28/11/2020, às 16h00

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Foto de Papa Francisco - Wikimedia Commons
Foto de Papa Francisco - Wikimedia Commons

Três homens aborígenes australianos entraram com um processo contra o Papa Francisco, alegando que a Igreja Católica não agiu contra padres que eles afirmam ter cometido pedofilia contra eles.

As informações foram divulgadas pelo jornal The Sydney Morning Herald, que afirmou que essa seria a primeira vez na Austrália que vítimas que sofreram de crimes de pedofilia clerical acusam um pontífice devido a irresponsabilidade da Igreja em penalizar os criminosos.

Os três homens declararam que enquanto ainda eram crianças, entre os anos de 1983 e 1991, sofreram abusos sexuais pelo padre Michael Glennon. Eles também afirmam que já haviam denunciado o caso anteriormente e que, portanto, a Igreja Católica tinha conhecimento das violações, porém, não tomou nenhuma providência contra o sacerdote. 

Eles admitem que as violações contra eles teriam impactado diretamente nas suas vidas, trazendo consequências como depressão, vício em drogas e desemprego. Logo, devido ao trauma, eles exigem uma indenização por parte do Papa, da Arquidiocese de Melbourne, e de seu arcebispo Peter Comensoli.

A Sydney Morning Herald ainda informou que se a indenização for aprovada, o caso se tornaria o primeiro pelo tribunal australiano que poderia punir a instituição Igreja Católica pelo fracasso em não conseguir proteger as crianças de membros pedófilos.

"Trata-se de fazer o Papa e o Vaticano aceitarem suas responsabilidades", disse a advogada das três vítimas, Angela Sdrinis. "Qual a desculpa para não terem-no laicizado?", acrescentou ela em fala sobre Glennon, que morreu em 2014 como prisioneiro acusado de estupro, abuso sexual e abuso psicológico contra cerca de 15 crianças.