É possível que o objeto encontrado na Dinamarca tenha sido produzido durante a Era de Ferro romana e usado em conflitos no país
Isabelly de Lima Publicado em 15/04/2024, às 09h46 - Atualizado às 10h28
Em uma ilha dinamarquesa, um achado inesperado: um pequeno medalhão de bronze com o rosto de Alexandre, o Grande, um dos maiores conquistadores da história. Finn Ibsen e Lars Danielsen, arqueólogos amadores, depararam-se com esse tesouro durante uma busca com detector de metal.
Com diâmetro entre 26 e 28 milímetros, a peça retrata o lendário rei macedônio, conhecido por seu vasto império que se estendia da Grécia à Índia. O medalhão também ostenta chifres de carneiro, simbolizando a crença de Alexandre em sua descendência divina do deus Zeus Ammon, ideia que ele adotou durante suas conquistas no Egito.
Esse tipo de representação era comum na época, geralmente adornando escudos de guerra. Especialistas do Museu Moesgaard na Dinamarca acreditam que o medalhão foi produzido por volta de 200 d.C., durante a Era de Ferro romana.
O legado de Alexandre transcendeu séculos, influenciando até mesmo imperadores romanos como Caracala, que se considerava a reencarnação do rei macedônio. Na época de Caracala, um importante confronto ocorreu na região dinamarquesa de Illerup Ådal, onde escudos adornados com retratos semelhantes ao de Alexandre foram depositados junto a outros objetos.
De acordo com a Galileu, o medalhão recém-descoberto apresenta grande similaridade com esses achados.
"É fantástico. Você geralmente não encontra nada sobre o Alexandre, o Grande aqui na Escandinávia, e quando se vê diante um pequeno retrato em suas mãos, fica empolgado", relatou Freerk Oldenburger, arqueólogo do Museu Vestsjaelland, em comunicado.
O museu planeja expor o artefato, permitindo que público e pesquisadores apreciem seu significado histórico e o legado de interconexão que ele representa.
