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Notícias / Mundo

Bebê que lutou contra doença rara é levada de carruagem para sepultamento

Os pais de Indi Gregory, do Reino Unido, lutaram na justiça para conseguir um tratamento para a bebê, que faleceu em novembro

Redação Publicado em 01/12/2023, às 16h05

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Carruagem levando o corpo de Indi Gregory - Reprodução/Vídeo/YouTube/Evening Standard
Carruagem levando o corpo de Indi Gregory - Reprodução/Vídeo/YouTube/Evening Standard

Nesta sexta-feira, 1, Indi Gregory, de apenas oito meses, foi velada no Reino Unido, após seu falecimento em novembro. A bebê estava sendo mantida viva com ajuda de aparelhos, em razão de uma doença mitocondrial incurável que drenava toda a energia de suas células. Os poucos meses que viveu foram graças a uma batalha judicial enfrentada pelos seus pais. 

Dean Gregory, pai de Indi, foi um dos responsáveis por carregar o caixão branco da bebê até a Catedral de Nottingham, onde aconteceu o funeral. Em seu discurso, ele afirmou que sua “belíssima guerreira” precisou “lutar para viver desde o primeiro dia”, e ressaltou que, “desde o início, ela era muito especial”. Contudo, “nunca poderia ter imaginado o tipo de jornada que teríamos que passar”.

Ela não apenas teve que lutar contra seus problemas de saúde, mas também contra um sistema que torna quase impossível vencer. Ainda assim, foi o seu ponto mais fraco, seus problemas de saúde, que distinguiram Indi como uma verdadeira guerreira. Eu sempre vou te amar, Indi.”, concluiu Gregory na cerimônia.

Conforme repercutido pelo portal O Globo, os familiares de Indi acompanharam o caixão da bebê pelas ruas da cidade, que foi transportado até a igreja por uma carruagem puxada por cavalos-brancos, que usavam mantas cor de rosa. O veículo de contos de fadas também foi decorado com flores rosas e brancas, que juntas, formavam um ursinho. 

Briga judicial

Quando Indi Gregory veio ao mundo em 24 de fevereiro de 2023, foi confirmado o diagnóstico da doença mitocondrial, um quadro genético raro e incurável, que seca a energia das células do corpo. 

Ao completar seis meses de vida, o Nottingham University Hospitals NHS Trust, na Inglaterra, determinou a suspensão de tratamentos médicos vitais para Indi, como tubos, terapia de oxigênio, ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e assistência respiratória, caso seu estado de saúde piorasse. Segundo os médicos, a gravidade do caso superava a necessidade de tratamentos tão invasivos.

Sem o aval dos familiares da bebê, o hospital recorreu à decisão da Alta Corte, pois acreditava que seria “mais bondoso” deixar Indi morrer do que submetê-la à dor dos tratamentos. Assim, o juiz Peel determinou que os médicos estavam autorizados a interromper “tratamento invasivo”, e completou: “com o coração pesado, cheguei à conclusão de que os fardos do tratamento superam os benefícios”.

Uma última chance para Indi foi oferecida por um hospital italiano no último mês de outubro, que ofereceu um tratamento “totalmente financiado pelo governo italiano” no hospital pediátrico do Vaticano. No entanto, a transferência da bebê foi vetada legalmente pelo juiz Peel, que afirmou que a mudança não seria do melhor interesse da criança.

Em 13 de novembro, Indi faleceu às 1h45 da manhã, após a retirada de seu suporte de vida no dia anterior.