Os Bolsonaristas, que manifestavam contra o resultado das eleições, atingiram o ônibus e feriram um estudante
Redação Publicado em 04/11/2022, às 16h53
Em Jundiaí, bolsonaristas atacam ônibus com estudantes, nesta quinta-feira, 3. Os alunos que estavam dentro do transporte, filmaram as agressões. Os vídeos viralizaram nesta quinta e sexta-feira, 4.
Os bolsonaristas atacaram o transporte, jogando pedras e invadindo o veículo para intimidar os passageiros, como informado pelo G1. Os apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), protestavam no 12º GAC contra o resultado das urnas, no domingo, 30, quando o veículo do transporte público, linha 430 ETEVAV, passou em frente ao local.
Os estudantes gritam palavras contrárias ao governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), quando o ônibus passa ao lado da concentração dos manifestantes, próximos ao trecho do km 53 da rodovia Anhanguera, que faz parte do itinerário dos estudantes que saem da escola ETEVAV até o centro de Jundiaí (SP).
Como informado pelo G1, através dos vídeos, é possível ver o momento em que uma pedra é jogada no vidro, o estilhaçando e atingindo o supercílio do aluno de 18 anos, Vitor Cotrim. O adolescente ficou ferido.
Três rapazes que estavam na manifestação, invadem o ônibus, pulam a catraca e vão até o fundo veículo intimidar os alunos. Eles cercam o veículo, ao ouvir o coro dos estudantes e um deles atira a pedra.
"Depois de terem mirado a pedra em mim, eles bateram muito no ônibus e devem ter forçado o motorista para entrar. Não tem como julgar o motorista, mas acho que ele foi coagido, acho que ele abriu a porta depois de gritarem com ele. Nessa, eles começaram a intimidar a gente: 'Fala agora! Fala do Lula de novo! 'E foram intimidando gente que nem tinha falado nada e só estava sentado no ônibus seguindo viagem e querendo ir embora depois de mais um dia de aula", relata Vitor, como informado pelo G1.
Vitor também contou que havia um carro da Polícia Militar perto do local, mas que os agentes nada fizeram diante do ato.
"Eles não fizeram nada. Nada, nada mesmo. Só depois que viram que eu estava sangrando que vieram falar comigo e com o motorista. Eles disseram que, se o motorista quisesse fazer um boletim de ocorrência, eu teria que ir junto porque ia ter que fazer corpo de delito, mas foi só."
A empresa de ônibus deverá prestar as informações ao plantão policial para o registro de boletim de ocorrência. A Prefeitura de Jundiaí informou que a Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) lamenta o ocorrido e também declarou que as imagens das câmeras do ônibus estão à disposição da Justiça.
