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Notícias / Arqueologia

Caverna do Mar Morto revela espadas romanas de 1.900 anos em ótimo estado

As armas foram encontradas por pesquisadores que realizavam o Levantamento do Deserto da Judéia

Redação Publicado em 06/09/2023, às 16h20 - Atualizado às 16h31

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Espada encontrada em caverna do Mar Morto - Reprodução / Autoridade de Antiguidades de Israel
Espada encontrada em caverna do Mar Morto - Reprodução / Autoridade de Antiguidades de Israel

Em uma caverna remota próxima ao mar Morto, quatro espadas romanas quase que em “perfeitas condições’ foram descobertas. Elas possuem lâminas de aço e punhos de madeira que ainda depois de 1.900, permanecem intactas. O tal tesouro foi encontrado por arqueólogos israelenses que trabalhavam escavando uma área conhecida como o esconderijo dos rebeldes judeus contra os romanos na década de 130.

Isso faz com que os pesquisadores acreditem que os itens foram capturados pelos insurgentes. Três das armas possuem lâminas que se assemelham às espadas romanas “spatha”, já a quarta possui o desenho de anel e tem também um cunho que condiz com o período, conforme informado pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, sigla em inglês).

Caverna do Mar Morto - Crédito: Reprodução / Autoridade de Antiguidades de Israel 

Na entrada da caverna, uma moeda de bronze também foi encontrada. Ela condiz com a época da rebelião de Bar Kokhba de 132-135 D.C., que chegou a desafiar o domínio do Império Romano na Judéia. Em um comunicado, o arqueólogo Eitan Klein disse que “o esconderijo das espadas e do pilum (tipo de espada) em fendas profundas na caverna isolada… sugere que as armas foram retiradas dos soldados romanos ou do campo de batalha”. “Obviamente, os rebeldes não queriam ser apanhados pelas autoridades romanas portando estas armas”.

Estado de preservação

Ainda após dois meses que as espadas foram desenterradas, elas não foram submetidas a nenhuma datação para determinar a idade exata, mas foi confirmado que se tratava de espadas usadas pelos soldados romanos na época da insurreição judaica, segundo seu exame inicial.

De acordo com o NY Post, essa rara descoberta faz parte do Levantamento do Deserto da Judéia, da autoridade de antiguidades, que procura escavar cavernas e as documentá-las, a fim de proteger diversas relíquias para que não sejam roubadas. “Estamos falando de uma descoberta extremamente rara, como nunca foi encontrada em Israel”, disse o Dr. Klein.

Ele ainda reforçou que a qualidade dessa preservação é muito rara, principalmente para armas romanas, sendo que existem pouquíssimos outros exemplos como esse além das fronteiras de Israel.