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Conselho de Direitos Humanos da ONU pretende incluir Rússia, China e Arábia Saudita no órgão

Grupos de direitos humanos rebatem decisão e afirmam que esses países estão entre os “piores violadores de direitos humanos” do mundo

Giovanna de Matteo Publicado em 13/10/2020, às 10h36

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Bandeiras da China. Arábia Saudita e Rússia, respectivamente - Montagem / Aventuras na História / Wikimedia Commons
Bandeiras da China. Arábia Saudita e Rússia, respectivamente - Montagem / Aventuras na História / Wikimedia Commons

Nesta terça-feira, 13, a Assembleia Geral da ONU deve realizar eleições para 15 novas cadeiras no Conselho de Direitos Humanos. Os novos membros ocuparão o assento por três anos a partir de janeiro de 2021.

No grupo da América Latina e Caribe, México, Cuba e Bolívia estão concorrendo sem oposição. A Grã-Bretanha e a França buscam os dois assentos disponíveis para o grupo da Europa Ocidental.

Mas o que chocou foi a indicação da China, da Arábia Saudita e da Rússia, que estão prestes a ingressar no órgão, causando polêmicas entre líderes de direitos humanos contra a decisão.

Hillel Neuer, diretora executiva da UN Watch (grupo independente de direitos humanos em Genebra) divulgou um comunicado onde criticou as indicações. “Eleger essas ditaduras como juízes de direitos humanos da ONU é como transformar uma gangue de incendiários na brigada de incêndio”. 

O diretor da ONU da Human Rights Watch (HRW), Louis Charbonneau, também se pronunciou a respeito: “Os violadores de direitos em série não devem ser recompensados ​​com assentos no Conselho de Direitos Humanos."

A Arábia Saudita e a China já esteviveram anteriormente no conselho e são grandes nomes para retornarem como membro. A HRW disse que ambos os países têm um histórico de usar seus assentos: "para evitar o escrutínio de seus abusos e dos de seus aliados". “Não é bom para os direitos humanos ou para o conselho de direitos quando os piores violadores dos direitos são eleitos”, afirmou Charbonneau.

As acusações contra esses três países são várias. A China emerge sob pressão por conta das ações contra os uigures, um grupo étnico da região do extremo oeste de Xinjiang. As Nações Unidas diz que cerca de um milhão de uigures estão sendo mantidos em campos, que a China disse serem “centros de treinamento vocacional”.

Além disso, os países criticam a imposição da Lei de Segurança Nacional chinesa em Hong Kong. Lisa Nandy, a ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, disse que o governo britânico deverá se opor publicamente à reeleição da China para o conselho.