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Notícias / Paleontologia

Crânio de saurópode australiano revela detalhes de como era o planeta no passado

Encontrado em 2018, crânio pertenceu a espécie semelhante a outra recorrente na América do Sul, e teria caminhado pela Antártida; entenda!

Redação Publicado em 15/04/2023, às 12h05

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Representação de como seria a cabeça do dinossauro descoberto na Austrália - Divulgação/Australian Age of Dinosaurs Musuem of Natural History/Elena Marian
Representação de como seria a cabeça do dinossauro descoberto na Austrália - Divulgação/Australian Age of Dinosaurs Musuem of Natural History/Elena Marian

Na última quarta-feira, 12, saiu na revista científica Royal Society Open Science um estudo surpreendente sobre o crânio de um dinossauro saurópode descoberto em 2018 na Austrália. Isso porque, a partir de uma profunda análise, pesquisadores da Universidade Curtin, também na Austrália, identificaram que aquele era o primeiro exemplar daquela espécie registrado no país.

Apelidado de Ann, o fóssil corresponde a uma espécie de Diamantinasaurus matildae, membro do grupo Sauropoda — aqueles dos pescoços compridos. 

Este crânio nos dá um raro vislumbre da anatomia desse enorme saurópode que viveu no nordeste da Austrália há quase 100 milhões de anos", afirma Stephen Poropat, primeiro autor do estudo, em comunicado à imprensa. "Obter uma melhor compreensão dessa espécie pode explicar por que os titanossauros tiveram tanto sucesso em grande parte do mundo, até o final da Era dos Dinossauros."

Migração pela Antártida?

No entanto, o fato de aquele ser o único exemplar encontrado no território australiano não é a única informação interessante sobre Ann no estudo. Isso porque os pesquisadores também identificaram semelhanças entre este crânio e o do titanossauroSarmientosaurus musacchioi, que teria vivido na mesma época mas, em vez da Oceania, na América do Sul.

Esse fato levou Poropat a indicar, ainda, que essa descoberta pode apoiar a teoria de que os saurópodes utilizavam a Antártida como caminho que ligava entre os dois continentes. "A janela entre 100 [milhões] e 95 milhões de anos atrás foi uma das mais quentes da história, o que significa que a Antártida, que estava mais ou menos onde está agora, não tinha gelo, era florestada e poderia ter sido um habitat atraente ou um caminho para saurópodes errantes", finaliza.